terça-feira, 18 de maio de 2010

A Trova do Conto

.mari diz:
eu nunca vi
ta e é o seguinte
no final de semana de 3 de julho eu vou pra sm
' grings diz:
huihauiahuiah
massa
vai posar aqui em casa?:}
.mari diz:
nao aehuaehueahea
' grings diz:
):
.mari diz:
dormirei na sarjeta
' grings diz:
hmm
nem se eu te der um trago
sabe como é
.mari diz:
nem!
heauheauheea
' grings diz:
):
.mari diz:
qual é a boa?
' grings diz:
você :}
.mari diz:
hauehaehae
eu te acho bem melhor
haha
' grings diz:
wow!

(momento de silêncio)

.mari diz:
aham!
me conta alguma coisa legal
' grings diz:
*hmm
*era uma vez eu e você, únicos sobreviventes de um grande acidente de avião, numa ilha aparentemente deserta
*passávamos o dia pescando, achando frutas, caçando e transando em cada árvore do local
*até que um dia já havíamos transado em todas as árvores do nosso lado da ilha
*e decidimos conhecer o outro lado
*do outro lado existiam árvores muito diferentes
*em forma de cara, em forma de fogão, em forma de animais
*fomos transando em todas elas até que quando o sol começou a se pôr e nós decidimos voltar ao nosso lado, uma luz forte e branca surge do nada
*ficamos cegos por alguns segundos e quando acordamos vemos que muitos quiosques, pessoas, música, bebidas e comidas variadas
*sim!
*era uma festa!
*e estava todo mundo completamente nu!
*e nós com as velhas roupas que usávamos no avião
*tiramos imediatamente e fomos para a muvuca
*muita cerveja, tequila, vodka, absinto...
*acordamos em lugares diferentes da ilha
*sozinhos, pelados e com muita ressaca!
*nenhum de nós achava água em lugar nenhum
*começou a nos bater um desespero
*e gritar pelo nome do outro
*eu me embrenhei na mata atrás de água
*e tu saiu correndo pela areia pra tentar me encontrar
*sede, fome, ressaca e agora eu estava cansado, com fome e completamente nu perdido na floresta
*e tu se sentou numa pedra e começou a chorar
*já era noite e nós adormecemos
.mari diz:
*...
' grings diz:
*e acordamos bem vestidos sentados em duas poltronas brancas num lugar completamente branco
*a fome tinha passado
*a sede tinha passado
*estávamos limpos
*tentamos nos abraçar quando escutamos uma voz bem grave gritando ao fundo para não fazermos isso
*surpresos e com medo a gente olhou pra frente
*e vinha algo em nossa direção
*era um anão, velho, com a boca e os olhos ocupando todo o rosto
*as orelhas e o nariz finos como agulhas
*sentamos e nos olhamos como se estivessemos vendo o capeta
.mari diz:
que nem o da caverna do dragão?
' grings diz:
não
ele era azul
e usava uma roupa rosa choque com preto
.mari diz:
ah ta
' grings diz:
pulseiras
.mari diz:
qq ele usava nos pés?
' grings diz:
ele tinha um ar arrogante e repressor
usava um pano preto
não era sapato
mas num era meia
pq tinha umas amarras rosa choque
mas enfim
*ele perguntou se a gente nem desconfiava do porque de estar ali
*a gente se olhou como quem diz "ah claro, caímos numa ilha deserta onde tem árvores em forma de fogão, as coisas aparecem derepente, depois estamos num lugar completamente branco com um anão feio vestido de rosa choque, super normal"
*ele disse para olharmos para baixo
*vimos o avião
*o mesmo avião em que estávamos
*ele mostrou o que aconteceu...
*estávamos nós dois se beijando furiosamente em nossas poltronas
*até que foram reclamar com a aeromoça
*nós paramos e fomos para o banheiro
*a aeromoça foi informada e foi de atrás
*brigamos com ela
*ela saiu irritada e foi falar com o piloto, entrando rápido na cabine o que ela vê?
*o piloto e o co-piloto se beijando ferozmente!
.mari diz:
*uehuaheuaheuaheuaheueah
' grings diz:
*(ela tinha um caso com o piloto)
.mari diz:
*bei
' grings diz:
*fecha e sai correndo
*o piloto vai atrás dela e sem querer desliga o piloto automático
*o avião começa a se descontrolar
*esse avião não tinha para quedas
*e nesse meio tempo nós tínhamos ido transar no compartimento de bagagens
*e achamos 2 para-quedas
*quando o piloto estava quando mantendo a aeronave estável
*nós abrimos a porta do avião e nos jogamos
*com o vácuo do vento o avião perdeu completamente o controle
*e enquanto a gente descia tranquilamente o avião foi com tudo pra água
*e explodiu
*algumas pessoas morreram queimadas
*outras afogadas
*os únicos sobreviventes eram o piloto, o co-piloto e a aeromoça
*que estavam a deriva dentro de um bote no meio do mar
*nós estávamos a 4 dias na ilha
*e eles a 4 dias vivendo com um kit de sobrevivência
*voltando para o salão branco a gente se olhou assim ops
*e não adiantava tentar justificar que a gente imaginou que o avião já tava caindo
*ele pediu pra gente olhar pra baixo de novo
*quando a gente se jogou do avião não tinha ilha
*era pra gente cair na água e morrer afogado
*mas deus achou pouco
*daí criou a tal ilha
*mas a gente só transava
*era o paraíso
*até que ele resolveu então nos separar e nos fazer passar por tudo aquilo
*a gente olhou pro anão então que disse que ainda tínhamos uma chance de nos redimir
*a gente tinha que construir uma balsa e encontrar os 3 sobreviventes]
*e pedir desculpa pra eles, se eles aceitassem, tudo bem, se não aceitassem iamos queimar no inferno
*foi quando tudo ficou branco de novo e nós aparecemos na ilha com muitos paus, cordas, e um pequeno manual dizendo como fazer uma balsa numa ilha deserta quando deus te da madeira e corda
*fizemos o tal barco(quando não estávamos transando, claro)
*colocamos bastante comida e água
*e pegamos o outro manual que dizia como encontrar perdidos no mar sem saber onde está nem onde estão com a ajuda de deus
*antes de partir eu saí do meio do mato dando muita risada e tu me perguntou o que tinha acontecido, eu desconversei e entrei na balsa
*finalmente encontramos os 3 que estavam transando enlouquecidamente(imagino que não tinham nada melhor pra fazer)
.mari diz:
...
' grings diz:
pera aí
vou acender um cigarro
.mari diz:
pero aqui
' grings diz:
pronto
*eles contaram a história
*de que tinham que conseguir a desculpa deles para que todos pudessem sair dali e voltar pra casa
*os 3 logicamente deram risada
*e não acreditaram
*e começaram a remar no bote para nos alcançar e, acredito muito, nos matar
*afogado, imagino muito, pelas opções do lugar
*quando eles nos alcançaram, começou a briga
*eu, logicamente, matei os dois caras
*e fiquei transando ctgo e com a aeromoça(que era muito gostosa) até morrermos de fome
*fim:D
.mari diz:
haeuiheaiuhaeiueahu
cara tu é mto legal
tu conta mesmo :D
adoro "ouvir"
' grings diz:
^^
vai dormir aqui em casa agora?
.mari diz:
nao
aheuaheuhea

terça-feira, 4 de maio de 2010

Devaneios Amorosos

Ele queria falar de amor. Não sabia se era a insônia, a solidão ou as duas coisas juntas com a fase ruim que estava passando. Ele não era feio, não era pobre, não era fedido, nem mal educado. Também não era bonito, rico ou tinha uma educação refinada. Vivia no marasmo de ser alguém inotável, invisível, insignificante. Como então alguém assim poderia falar de amor? Mas ele queria mesmo assim!
- O amor é para ser algo extraordinário, arrebatador, daquelas coisas que marcam as nossas vidas à começar pela alma, pelo intocável, pelo sobrenatural. Mas você não sente demais, não vivi demais e, nem por alguns instantes, intensamente. Mesmo assim continua querendo falar de amor.
- Mas e tu não sabe que para amar tens que se desprender de ti e amar ao outro com todas as forças e sem esperar receber nada em troca? Quanta bobagem! Quanta verdade! Amor não é alma, amor é palpável, é corpo. Você não tem como receber um corpo sem esperar dar o seu de volta, não é mesmo? Mas você, só de escutar aquela voz da pessoa que ama, já sente na espinha um arrepio. O tesão é palpável? É real? É amor? O amor é no mínimo notável, você não nota?
- Como assim? P-p-Pera aí, foram tantas perguntas e colocações que estou confusa.
- Assim, notar. Tu não consegue notar quando alguém está amando? E quando eu falo isso não digo de um casal se beijando, uma foto bonita sentados no parque de mãos dadas ou um casal bonito andando no frio. Não que isso não possa ser. Mas eu vejo amor de uma maneira tão diferente.
- Acho que tu está se confundindo.
- Mas é disso que eu estou falando, é de confusão, é de devaneios, é de indefinição...
- Okey, acho que você já bebemos demais.