segunda-feira, 23 de maio de 2011

João, O Cafajeste Machista

João, no auge dos seus 14 anos, com seus hormônios expelindo pelas orelhas, com suas roupas grunge, sua banda grunge, seus livros sobre aristocracia, democracia, anarquia, ..., com seu cabelo comprido, com toda a sua rebeldia sem causa, com toda a sua idolatria ao marginal e com toda a sua revolta contra seus pais, professores e colegas que não exerciam do mesmo protesto, conheceu Manu. Tão bonita, olhos numa mistura de verde, azul e riscos amarelos em direção a pupila que pareciam raios de sol e, apesar dos seus 13 anos, seios avantajados! João estava no céu, não brigava com seus pais havia uma semana, tomava banho todos os dias, até estudava na tentativa de não parecer o ignorante que não era. Durou um mês até um amigo ligar dizendo que viu Manu com outro menino.
João não fez nada, simplesmente não falou mais com Manu, não ligou mais, talvez esperando que ela o fizesse e desse alguma explicação que ele acreditaria, mas não aconteceu. Manu não ligou, também não falou mais com ele. Se reencontraram uns anos mais tarde na saída de uma festa de criança, ela com seu filho de pouca idade que não herdou seus olhos.

João já com 15 anos conheceu Aline no shopping. Ela e seus 16 anos pareceram muito atraentes a quem tinha perdido a virgindade a poucos meses. Era bonita, apesar de uns dentes tortos, tinha seio e bunda, que dava pra ter certeza que não eram sutiã de enchimento. Deram alguns beijos na praça do cinema, ela elogiou a sua jaqueta de couro, ele o seu cabelo vermelho. Deram uma volta, pegaram telefone e foram embora. João não se emocionou nem um pouco, sabia que jamais voltaria a vê-la. Não foi o que aconteceu uns dias depois quando a menina ligou querendo vê-lo. João ficou em êxtase! Uma menina jamais teria demonstrado tamanho interesse por ele antes.
João e Aline se encontraram muitas vezes durante 2 meses, se telefonavam todos os dias, se davam presentes, mas com o passar do tempo João foi vendo que somente ele ligava, somente ele dava presentes, somente ele se importava como tinha sido o dia do outro, somente ele queria marcar encontros e Aline, pelo contrário, nunca podia. Só que o amor que João sentia já era tão grande que ele não queria acreditar que alguma coisa estava errada, que ela estava se distanciando dele.
João e Aline já não se viam a 2 semanas, sendo que a 5 dias ela não atendia o telefone. João então foi até a sua casa, tocou o interfone e ouviu da avó de Aline que ela tinha se mudado. O chão pareceu fugir dos pés de João, sentiu uma dor no peito que não sabia explicar, os olhos se encheram de lágrimas e aquela sensação de "Por que?" e "O que eu fiz de errado?" não lhe saiam da cabeça.
Durante mais de 6 meses João teve problemas em se aproximar de meninas, só conseguia ter algum tipo de relação com as que tomavam algum tipo de atitude.
Alguns anos depois João reencontrou Aline numa festa e indagou o "Por que?". Ela disse que tinha começado a gostar de outro menino e não sabia como lhe dizer e preferiu até se mudar para a casa do seu pai. Aline hoje é casada com um militar, o mesmo cara que ela gostava, e mora na outra ponta do país. Feliz.

Mas João não sabia do destino de suas paixões aos 17 anos, quando conheceu Fernanda. João sentia-se apaixonado por Aline ainda, depois do término do relacionamento teve uma mudança radial na sua vida. Cortou o cabelo, começou a estudar, sua relação com a família, amigos, professores, com quase tudo em sua volta começou a melhorar, João já era mais experiente, embora muito imaturo ainda, simplesmente já conseguia entender que o amanhã sempre chega e dependia dele que fosse bom ou não. Fernanda era baixinha, gordinha, nem era das mais bonitas, tinha uma boca carnuda e olhos grandes, cabelo chanel e se vestia bem rocker. Ficaram em uma boate em meio a muitas luzes, álcool, cocaína e cigarros. Fernanda era de outra cidade e no outro dia foi viajar, passaram muito tempo conversando pela internet, tanto encantamento que quando se viram novamente já estavam namorando. Tecnicamente a primeira namorada de João. Conviviam diariamente, descobrindo as coisas boas, como a intimidade sexual e as ruim como as brigas que começaram a ficar constantes. João queria moldar Fernanda afim de que ela fosse a menina dos seus sonhos, o que jamais aconteceria. Fernanda era mesquinha dando valor a carro, dinheiro e jantar em lugares luxuosos, coisa que para João com 17 anos sem trabalhar ainda não tinha condições de dar. João preparava jantares, comprou aliança, mas nada disso parecia importar. Um dia Fernanda ligou aos prantos dizendo que precisava conversar. João entendeu na hora. João e Fernanda terminaram, mas continuaram conversando, os dois reiterando que aquilo não deveria ter acontecido, que eles se amavam e deveriam ficar juntos. Problema é que numa festa de meio de semana João descobriu uma traição de Fernanda e ficou louco, foi tirar satisfação com ela que negou tudo, com veemência! João ficou confuso "De novo não!" e "Como é possível!" eram as frases mais ditas por ele. Foi atrás de respostas e descobriu que não foi uma simples traição, ela estava a mais de um mês com um cara que João tinha asco, que era mais velho, que tinha carro e dinheiro. João começou a lembrar de todos os sinais que ele, no alto da sua prepotência, ignorava, acreditando que jamais poderia ser traído por Fernanda, mas foi. Da maneira mais cruel e fria que poderia ter acontecido. Descobriu dias que ela dormia na casa do garoto, que frequentavam os mesmos lugares que João costumava frequentar.

Durante muito tempo João começou a ficar paranóico, achando que não podia confiar em mais ninguém, "será que todo mundo sabia e ninguém me contou?". E sua medo de ser traído e rejeitado ao longo dos anos foi se transformando numa espécie de vingança contra as mulheres. João se tornou um cara cruel, frio, vaidoso, um grande estrategista e estudioso do comportamento feminino. Resolveu não se envolver mais e a entender que a maioria das mulheres adoravam isso, que a maioria das mulheres ao primeiro sinal de sentimento sentiam um medo profundo, pois devem compartilhar das mesmas histórias que João. João era constantemente taxado de galinha e machista o que, na verdade, nunca tinha atrapalhado, pus as pessoas querem mesmo alguém que seja vazio, alguém que vá lhe dar um prazer imediato e que não vai te fazer sofrer depois.
Só que João se apaixonou de novo, muitos anos depois, e a paz que isso trouxe ao seu coração fez ele começar a entender certas coisas que cicatrizaram junto com as feridas no seu coração. De que as pessoas tem todo o direito de errar, tem todo o direito de querer um outro alguém. Refez seus relacionamentos para tentar entender o que poderia ter acontecido. Lembrou que quando tirou a virgindade de Manu, deve ter sido horrível pra menina, que ele era muito grudento com Aline, que ligava todos os dias, sufocando ao ponto dela não ter coragem de dizer que gostava de outro garoto e que tratava Fernanda muito mal, que por ela ser baixinha e gordinha podia fazer o que quisesse que jamais nada lhe aconteceria. João passou a entender que seus erros também influenciaram nos erros delas, que nada justifica a traição, mas que ninguém tem a obrigação de ter maturidade nos próprios relacionamentos. João entendeu que tem muita coisa pra aprender.

Os traumas e a auto afirmação fazem com que as pessoas sejam tendenciosas as quererem criar rivalidades sem sentido como o "Machista x Feminista", o "Hetero x Homo", o "Branco x Negro" como fosse nosso dever criar uma guerra em torno das nossas diferenças para defender os nossos ideais. Guerras são criadas quando um lado em vantagem começa a oprimir o outro. Uma feminista que oprime alguém que não compartilhe de suas ideias é tão cruel e ignorante quanto aquele marido machista que no passado não permitiu que a esposa trabalhasse porque tinha esse poder em mãos. Como o homossexual que descrimina um heterossexual por ele não querer estabelecer um contato mais próximo. O sentimento de vingança tornam as pessoas iguais aos seus inimigos, a falta de respeito a opinião alheia transforma em mostro tudo que é diferente de si, e assim, assim não evoluímos em nada.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Relacionamento: Parte 1

X diz:
viu, tu acha q tem homem q nao merece ser chifrado?

@gr1ngs diz:
só um

X diz:
quem?

@gr1ngs diz:
*o que sabe que foi chifrado e perdoa

X diz:
tah, mas e homem nao chifra por, me fugiu a palavra, vingança, nossa palavra tonta, me fugiu...homem nao trai por vingança?

@gr1ngs diz:
claro que trai, tu quer saber pq o homem que trai não merece ser chifrado?

X diz:
*pode ser tb

@gr1ngs diz:
pq se a mulher devolve na mesma moeda, ela mereceu e isso vale ao contrário tbm

X diz:
hehehehehehe mas e como o cara sabe q a mulher eh merecedora de chifres? se por ventura ele não sabe q ela o traiu?

@gr1ngs diz:
ninguém é merecedor de chifres! Existem 2 maneiras de agir nessa situação: a honesta e a egocêntrica: da maneira honesta quando descobre que foi chifrado(a) terminam o relacionamento; da maneira egocêntrica se sentem no dever de não ficar por baixo numa relação e certamente vão trair também.

X diz:
hehehehehehehe, foda, qual q vc era em relacionamentos?

@gr1ngs diz:
egocêntrica, com certeza

X diz:
sabe grings, vou confessar uma coisa

@gr1ngs diz:
fale

X diz:
pq acredito q vc tem certo discernimento. É to me sentindo completamente paranóica, Eu to num relacionamento q nao me completa, o loko nao me trata como mereço, soh q eu fico na expectativa, bota burra!

@gr1ngs diz:
problema é tu gosta tanto do teu namorado que se sentiu no dever de trair pra não perder ele já que ele te traiu

X diz:
hahahahaha, como assim, grings? pra nao perder ele? boiei

@gr1ngs diz:
Vou te explicar.
Tu descobriu que ele te traia, mas não terminava com ele. Tu é uma menina bonita, não foi carência, foi amor. Tu achou que se traísse ele poderia conviver tranquilamente com o fato de ter sido traída, mas isso não existe, nunca mais é a mesma coisa.

X diz:
minha auto-estima tah baixíssima, a traição nao me tira a paranóia de q ele pode estar fazendo alguma merda! Ele fica fora o dia inteiro e dai de noite nao entra mais em contato, eu sei q to paranóica, que estou vendo coisas onde não tem, só é foda de controlar e eu sinto q ele não gosta tanto de mim quanto os outros namorados que tive

@gr1ngs diz:
pois é, cara, o teu erro foi lá no começo, quando tu deveria ter ficado puta e ter quebrado tudo pq ele ficou com outra menina

X diz:
verdade

@gr1ngs diz:
Por isso que eu digo que o momento de acreditar no amor é no começo, pq no meio o circo já trouxe um elefante gigante pra ficar no meio de vocês dois

...

X diz:
verdade, pior que eu errei, o cara tava nas minhas mãos! Bateram nele o dia que ele me conheceu e quebrou o celular, mas decorou o numero do meu telefone, mesmo bêbado, pq tinha, segundo ele, se apaixonado por mim e eu não me importei, nao querendo me envolver. É assim, quando um cara se encanta, eu cago pra ele, ele tinha ficado fascinado, só tava com ele até agora pq eu to passando por maus bocados na minha vida e se eu nao tiver alguém eu sei lá... essa conversa ia estar mais engraçada com muitas cevas num isopor, cigarros e as tuas histórias hahahaha

@gr1ngs diz:
mas a gente sempre acha que poderia ter sido perfeito sem os erros, né?