domingo, 15 de novembro de 2009

Carente Narrativa II

Então pessoal, coloquem uma música agitada porque ai vem a "carente narrativa II". De preferência sem muito instrumental, numa batida "tu tu tu tA tu tA tu tu tu tA tu tA". Essa carente narrativa é tão legal, ela é bem diferente da outra, afinal, existem muitos tipos de carência e essa minha é a menos (ou não) sofrível delas.

Sabe quando tu passa aquele final de semana suuuper legal, saiu com teus amigos, tomou um megatrago, sem fiascos, saiu com aqueeeela garota massa(ou aquelas)? Sabe, certo? Isso é tão maravilhoso, passei pelo seguinte comentário nessa minha caminhada do final de semana "parece que a gente vive em outra época" e que grande verdade! Meu final de semana foi em São Francisco de 1968 até Nova Iorque de 1975. Você deve estar se perguntando aonde está a minha carência. Eu explico.

Agora estou aqui no meu quarto, postando no blog, numa paz, numa tranquilidaaaade. Ai eu me toco que estou em Santa Maria de 2009, nada contra a minha cidade, amo viver aqui! Mas sabe, a ilusão se acaba e amanha é segunda-feira, essa semana tenho prova, não sei nada e nem sei se vou estudar. A garota? ta bem longe e nem tem como vê-la. Estou aqui sozinho, esperando carregar um filme e o sono bater, nem um livro novo pra ler eu tenho, é foda!

Meu protesto de hoje vai contra o final da série de TV norte-americana prision break. Olhei capítulo por capítulo da 4ª temporada esperando para ver o graaaande plano que o Michel ia bolar pra destruir a companhia, e ele "conseguiu" na sorte! Entre aspas porque apenas o vilão foi pra cadeira elétrica, não mostraram o que aconteceu com a companhia. Não explicaram o fim de alguns personagens, o que aconteceu entre a Índia e a China e o mocinho morreu no final se nenhum propósito! Recomendo muito a série até o penúltimo capítulo, mas prepare-se para frustrações no final!

Por hoje é só pessoal! Podem desligar a música e voltar a trovar no msn, carente narrativa não voltará em menos de 2 semanas, já que semana que vem tem festival de cinema aqui na minha querida Santa Maria e eu estarei lá me deliciando e me revoltando com curtas e longas-metragem baratos. Beijos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Fulano, Ciclano e Beltrano

Fulano, era assim que todos chamavam ele. Dizem que o motivo do apelido se da ao fato de que ele poderia ser qualquer pessoa, falar sobre qualquer assunto.
Fulano era bonito, participativo, educado, gentil, um sucesso com as mulheres, um sucesso no trabalho, um sucesso com os amigos, ahhh fulano!
Fulano emprestou dinheiro para Ciclano a mais de um ano e ainda não foi ressarcido, mesmo assim ainda são amigos, volta e meia surge uma piadinha na roda, afinal, não era pouco dinheiro.

Ciclano, era assim que todos chamavam ele. Dizem que o motivo do apelido se da ao fato de que ele sempre andava junto com Fulano, mas sempre ficava em segundo plano. Ciclano sabia o porque do apelido, não gostava, mas sabia que se lutasse contra seria pior.
Ciclano era um desastre no trabalho, um desastre com as mulheres e seu único amigo era Fulano que lhe emprestou dinheiro a mais de um ano e não foi pago. Ciclano já poderia ter pago se não fosse seu uso excessivo de bebidas alcoolicas, argh Ciclano!

Beltrano, esse era o seu nome. Entrou na história quando as piadinhas sarcásticas já não eram mais engraçadas. Ele não ajudou em nada quando assaltou Fulano na saída do trabalho. Levou dinheiro, cartões de crédito, documentos. Fulano então deve de cobrar o dinheiro que Ciclano lhe devia. Foi até o bar, onde sabia que Ciclano estaria bebendo, conversou com o amigo, com constrangimento, que disse que faria o possível para resolver a pendenga o quanto antes.

No outro dia prenderam Beltrano, mas já era tarde, ele avia sacado todo o dinheiro de Fulano, pobre viciado em crack! Ao menos recuperou os documentos. Mais tarde seu telefone toca e é Ciclano. Os dois se encontram e Ciclano mostra que tem o dinheiro, paga Fulano que pensa "Fulano => Ciclano => Beltrano", espanca Ciclano que vai para sua casa chorando, machucado, sem alguns dentes, deita no sofá e lembra que nem mais televisão tem para se distrair.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uma Verdadeira História de Amor

Em meados dos anos 40, numa vila do interior de Restinga Seca, chamada Vila Rosa e que não existia nada de saneamento básico, escola, carros e muito menos energia elétrica, minha avó(Anália) e meu avô(Adolpho) se conheceram.

Sempre foram vizinhos de cerca, mas nunca se falavam. Anália era amiga da irmã de Adolpho, Luíza, o que os fez se conhecerem, com quase nada de comunicação.
O ponto de encontros dos jovens da época eram os bailes dos centros comunitários que todas as vilas tinham, como minha avó me confessou:

- Teu avô demorou uns 3 bailes para me tirar pra dançar, quando eu ia na casa dele mal me dava "olá", sempre foi carrancudo e orgulhoso.

- Ta vó, mas e quando vocês se beijaram a primeira vez? - apressado.

- Argh! Naquela época não era essa 'melaçon' que vocês fazem hoje em dia. Íamos pros bailes pra dançar, só dançar e era bem bom!

- Ta vó, mas o vô chegou em ti em algum momento, se não eu num tava aqui, certo? Perguntava eu megaemocionado.

- Depois de algumas danças nos bailes o teu vô começou a conversar mais comigo, e um dia ele apareceu lá em casa e perguntou ao meu pai se podia namorar comigo.

- Como assim? - disse espantado - Ele não te pediu em namoro?!

- Naquela época as coisas eram diferentes, teu avô sabia que eu ficaria com ele. Tu não dava bola pra todo mundo, tu escolhia UMA pessoa e era 'praquela' pessoa que tu dedicava atenção, era daquela pessoa que tu recebia essa atenção de volta.

Anália e Adolpho namoraram 4 anos no sofá de casa e minha avó casou virgem(acreditem, eu boto a minha mão no fogo)! Casaram, tiveram 2 filhas, são padrinhos de, pelo menos, umas 20 pessoas, abriram um açougue, cultivaram as terras da família e ajudaram a criar os netos(um deles sou eu, tu já entendeu, certo?).
Por ironia do destino, em 2002, Adolpho faleceu depois de sobreviver a 3 derrames, osteoporose e câncer de próstata. Minha vó cuidou dele enquanto agonizava (mesmo) com a doença. Quando meu avô morreu o que mais escutava dela, e ainda escuto, é que agora estava sozinha. Demorou um tempo, mas entendi que por mais atenção que eu, minha irmã, tia, mãe e outros déssemos, ela nunca mais deixaria de se sentir assim. Eles foram casados por 49 anos, ironia ou não, um ano antes de completarem suas bodas de ouro. Nada de cinematográfico, tudo de realidade.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um Por Dia

Lá vai o seu amigo com aquela bela garota! E você com a sua namorada. No outro dia ele chega e fala "comi a noite toda! Papai mamãe, 69, de 4, de lado, de pé". Você sem poder fazer nenhum comentário nojento já que sua namorada está do lado e pensando como seus amigos são nojentos. Seu amigo continua com um comentário "Imagino os seguranças da boate olhando o cara saindo todo dia com uma guria diferente". Você achando aquilo super engraçado olha a sua namorada com uma cara de poucos amigos no canto do quarto.
Acabada a conversa você vai até sua namorada, trepa com raiva, com força! Ela gosta, mas desconfia. Goza, se levanta, pega o seu cigarro e vai nu até a janela, ela vai tomar um banho. Acende o cigarro e olha pra fora, 12º andar, 14 horas de um domingo. Tanta gente arrumada, tanto ordem disfarçada, nada parecido com o caos e a promiscuidade da noite anterior.
Desde que começou a namorar tem ficado mais quieto nas festas, mas observador e lança o comentário para sua namorada "imagina o que os seguranças não pensam dos guris saindo toda noite com uma guria diferente da boate". Ela da risada e responde "devem achar que eles são os maiores trouxas do mundo". Surpreso ele pergunta ", por que?". Ela faz um ar(aquele que mulher faz afim de no fazer entender como somos primitivos) e conclui "porque eles não se tocam que essas garotas também saem com um por dia da boate".

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Doce Ilusão

"A vida é uma só e a juventude acaba rápido" disse o garoto antes de entrar no bar, tomar todas, se lambuzar com os beijos daquela bela garota, trepar com ela a noite toda e fumar aquele baseado antes de dormir. Acordou, olhou para o lado, a garota não estava mais ali: "graças a Deus!" pensou ele. Mas a garota entrou no quarto logo em seguida com café, bolachas, bolo e um marlboro vermelho aceso preso a um cinzeiro. Ele comia enquanto ela o beijava inteiro, fazia carinhos e massagem.
O garoto se apaixonou! Pegou telefone, msn, adicionou no orkut. Quis intensamente vê-la de novo, a "garota namorável" que o tratou tão bem! Foi numa festa só porque sabia que ela estaria lá, e lá estava ela pegando aquele cara que ele odiava. Isso o fez descobrir que ela não tratava apenas ele daquela maneira.
Tempos depois ele passou por cima do seu orgulho e transou com ela mais algumas vezes, mas nunca mais sentiu o que sentiu da primeira vez.

"A vida é uma só e a juventude acaba rápido" disse a garota antes de entrar no bar, tomar todas, pegar o primeiro que viu pela frente, trepar com ele no banheiro, no final da noite achar algum ex-namorado que a traiu no passado, deixar ele a levar pra casa, trepar com ele a noite toda. Acordou e ele não estava mais ali e ele não entrou pela porta e nem telefonou, aliás, nem deixou um bilhete, deixou sim foi porta aberta, já que não tinha chave.
Se sentindo a pior das vadias ela levantou, foi até a cozinha e preparou um café, o pão já estava no fim e não tinha queijo, mesmo assim ela colocou uma salada verde, um tomate, pior não iria ficar. Vai até o seu computador e tem um recado do garoto que ela pegou na noite anterior se desculpando por ir embora mais cedo, já que sua mãe estava sozinha em casa. "Não é dos mais feios" pensou ela que pouco lembrava do garoto.
Hoje já completam 5 anos de namoro e ele nunca descobriu o que ela fez no resto da noite, mas odeia o seu ex namorado.

O mundo é realmente injusto. rs