quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ano Novo em Cores

Final de ano chegando, essas coisas contagiaram de uma maneira voraz! Não transava com ninguém à 12 meses e estava pronto para abusar de alguma alma caridosa e sexuada. Fora confuso todo o ano, mas sua barriga volumosa, suas espinhas amarelas e seu cabelo ruim não mexiam mais com o seu humor, sabia que essa era a hora de atacar.
Não tinha muito dinheiro, mas naquele mês guardou o que pôde(ou julgou necessário para embebedar alguém nota 5). Nada de presentes de natal para ninguém! Ele sabia que era preciso ir seguro e prevenido para aquela festa. Ainda lembrava do ano passado...

... lá estava com sua roupa muito bem posta, tênis bem lustrados, peitoral rompendo os botões da camisa social azul, barriga tanquinho que se notava com o vento, lindo, alto, rico e admirado. Era muito difícil uma garota passar e não olhar com um sorriso malicioso e, até as que não olhavam, era fácil ler em suas mentes(ou seu semblante) a força que faziam para não virar o rosto. Todavia, nada parecia chamar a atenção, não que estivesse com um ar arrogante de superioridade, parecia bem humilde até, mas se notava que ninguém ali o interessava. Era conhecido de um amigo e quando o viu fixou os olhos castanhos(tão brilhantes) de uma maneira que o fizera paralisar, corar, retrair-se. Mas logo relaxou e na mesma noite ficaram amigos, conversaram a todo o tempo, ofereceu-lhe carona e lhe apresentou a homossexualidade escondida nos seus 14 anos anteriores.
FIM 2009



FELIZ ANO NOVO A TODO MUNDO!



quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Vermelho de Raiva, Branco de Susto

Estavam lá os dois amigos sentados na varanda fumando um cigarro e pensando o que se poderia fazer de produtivo naquela noite de quarta-feira. Andaram até o bar da esquina e encontraram duas amigas com seus respectivos namorados. Os dois já haviam transado com as duas, que eram irmãs, inclusive. Sentaram então meio longe para não causar constrangimento as partes e poder comentar sobre a noite que passaram com elas. Eis que uma das duas, na passagem em direção ao banheiro, vai até sua mesa, os cumprimenta meio bêbada, puxa um assunto e comenta que estão sozinhas em casa. Querendo fazer uma brincadeira um deles comenta que elas poderiam se livrar dos namorados e eles se divertirem lá, como nos velhos tempos. O susto foi tremendo quando um "sim" saiu daquela boca. Ficou combinado então que eles passariam na casa delas dali uma hora. Foram para a sua casa fazendo planos de orgias mais variadas e, logicamente, piadinhas com os namorados das garotas. Compraram conhaque e refrigerante de guaraná, pensaram um pouco, voltaram no bar e pediram mais uma vodka e um energético e se dirigiram a casa das moças.

Estavam dois amigos no bar com as suas respectivas namoradas tentando se redimir de uma mentira que as garotas haviam descoberto, eles tinham saído naquele final de semana, em vez de ficarem estudando, como falaram. Realmente dedicados em quererem ser perdoados não estavam economizando! Pedindo a cerveja mais cara, as porções mais chiques. Infelizmente eles não sabiam que elas sabiam da traição deles naquela festa. Observam então a entrada de dois caras que eles sabiam que elas já haviam transado, tinham muito ciúmes deles, principalmente pela fama dos mesmos. Quase se morderam de raiva quando, na ida para o banheiro, uma delas parou para bater um papo com os garotos.

Estavam duas irmãs sentadas num bar com seus respectivos namorados. Elas haviam descoberto uma traição deles, que não sabiam, e estavam esperando a hora certa para se vingar. Quando entra no bar dois caras que, num passado próximo, haviam transado com elas e nunca mais dado notícia, tinham muita raiva dos dois, mas sabiam que seus namorados morriam de ciúmes deles. Uma delas aproveitou a deixa e, na ida ao banheiro, os cumprimentou e ouviu uma piadinha cafajeste, o que fez vir a tona todo o nojo que sentia deles. Então ela os convidou para irem a sua casa, já que estavam sozinhas, dizendo que iam se livrar dos namorados. Voltou para a mesa, deu um jeito de avisar a sua irmã que pediram para seus conjugues comprassem algumas cervejas e as levassem para casa, prontamente foram atendidas.

Estavam dois casais de namorados em casa, quando se escutam palmas na frente. As duas vão atender. São os rapazes com muitas bebidas, ficam lá conversando com eles até que seus namorados notam que elas estão demorando. Quando os namorados vêem com quem elas estão conversando ficam vermelhos de raiva e os rapazes brancos de susto. E elas entraram e ficaram apreciando suas cervejas, uma bela vodka e um conhaque de ótima procedência enquanto os quatro se quebravam na rua.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Inspiração Regada à Conhaque

Lá estava o garoto atirado no seu quarto e todos aqueles chichês rock espalhados: discos, cigarros, garrafas de cerveja, papéis amassados, roupas espalhadas, computador ligado, pratos sujos e outras nojeiras. Ele não tem nada de novidade. Está passando por aquela fase de que não sabe o que fazer da vida. E olha que demorou para que isso acontecesse, sua mãe o lembra todo dia que com a sua idade ela já trabalhava e estava se formando na faculdade. Sua vida tem se tornado um tanto alcoólica nos últimos anos em função de sua dúvida consigo mesmo.
No amor? Fracassado. Embora ele conteste muito essa coisa de sentimentalismo, não é muito o seu forte. Tem algum sucesso com as garotas, infelizmente, quando decide se empenhar para ficar com alguém, alguma coisa sempre da errado. Ou ele vê defeitos onde não tem, ou ela não da o que ele quer.

Lá estava a garota com seu quarto bem arrumado, só de calcinha e uma camiseta branca sentada ao computador tomando um copo de leite com café solúvel. Último ano de faculdade e arrumando a sua monografia, ainda trabalhava e cuidava do apartamento já que morava sozinha. Está passando por aquela fase de não saber o que vai fazer da vida daqui uma semana e lembra de seus pais super-bem-sucedidos. Correu poucos riscos no trajecto do curso, apenas cigarros e alguns tragos memoráveis.
No amor? Fracassada. Tentou de tudo com os caras que ficou. Deu na primeira noite, não deu, deu depois de muito tempo, bajulou, deu gelo, apresentou as amigas, não apresentou ninguém, causou ciúmes, sentiu ciúmes, foi grudenta, foi omissa, mas nada parecia adiantar! Parecia que ela sempre usava a estratégia errada no cara certo e claro que, quando era o "cara certo", ela não se interessava.

Pra variar eles se encontraram. Os dois com vontade de firmar um relacionamento estável com tudo que se pede no cardápio: companheirismo, sexo bom, diário e exclusivo dentre outras coisas que cada um escolhe a gosto. Ficaram, transaram, começaram a se ver mais seguido, as pessoas já convidaram os dois como um só para as festas/junções/acampamentos. Estavam de férias e completavam já um mês juntos quando ela recebeu um convite para trabalhar em outra cidade.

domingo, 15 de novembro de 2009

Carente Narrativa II

Então pessoal, coloquem uma música agitada porque ai vem a "carente narrativa II". De preferência sem muito instrumental, numa batida "tu tu tu tA tu tA tu tu tu tA tu tA". Essa carente narrativa é tão legal, ela é bem diferente da outra, afinal, existem muitos tipos de carência e essa minha é a menos (ou não) sofrível delas.

Sabe quando tu passa aquele final de semana suuuper legal, saiu com teus amigos, tomou um megatrago, sem fiascos, saiu com aqueeeela garota massa(ou aquelas)? Sabe, certo? Isso é tão maravilhoso, passei pelo seguinte comentário nessa minha caminhada do final de semana "parece que a gente vive em outra época" e que grande verdade! Meu final de semana foi em São Francisco de 1968 até Nova Iorque de 1975. Você deve estar se perguntando aonde está a minha carência. Eu explico.

Agora estou aqui no meu quarto, postando no blog, numa paz, numa tranquilidaaaade. Ai eu me toco que estou em Santa Maria de 2009, nada contra a minha cidade, amo viver aqui! Mas sabe, a ilusão se acaba e amanha é segunda-feira, essa semana tenho prova, não sei nada e nem sei se vou estudar. A garota? ta bem longe e nem tem como vê-la. Estou aqui sozinho, esperando carregar um filme e o sono bater, nem um livro novo pra ler eu tenho, é foda!

Meu protesto de hoje vai contra o final da série de TV norte-americana prision break. Olhei capítulo por capítulo da 4ª temporada esperando para ver o graaaande plano que o Michel ia bolar pra destruir a companhia, e ele "conseguiu" na sorte! Entre aspas porque apenas o vilão foi pra cadeira elétrica, não mostraram o que aconteceu com a companhia. Não explicaram o fim de alguns personagens, o que aconteceu entre a Índia e a China e o mocinho morreu no final se nenhum propósito! Recomendo muito a série até o penúltimo capítulo, mas prepare-se para frustrações no final!

Por hoje é só pessoal! Podem desligar a música e voltar a trovar no msn, carente narrativa não voltará em menos de 2 semanas, já que semana que vem tem festival de cinema aqui na minha querida Santa Maria e eu estarei lá me deliciando e me revoltando com curtas e longas-metragem baratos. Beijos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Fulano, Ciclano e Beltrano

Fulano, era assim que todos chamavam ele. Dizem que o motivo do apelido se da ao fato de que ele poderia ser qualquer pessoa, falar sobre qualquer assunto.
Fulano era bonito, participativo, educado, gentil, um sucesso com as mulheres, um sucesso no trabalho, um sucesso com os amigos, ahhh fulano!
Fulano emprestou dinheiro para Ciclano a mais de um ano e ainda não foi ressarcido, mesmo assim ainda são amigos, volta e meia surge uma piadinha na roda, afinal, não era pouco dinheiro.

Ciclano, era assim que todos chamavam ele. Dizem que o motivo do apelido se da ao fato de que ele sempre andava junto com Fulano, mas sempre ficava em segundo plano. Ciclano sabia o porque do apelido, não gostava, mas sabia que se lutasse contra seria pior.
Ciclano era um desastre no trabalho, um desastre com as mulheres e seu único amigo era Fulano que lhe emprestou dinheiro a mais de um ano e não foi pago. Ciclano já poderia ter pago se não fosse seu uso excessivo de bebidas alcoolicas, argh Ciclano!

Beltrano, esse era o seu nome. Entrou na história quando as piadinhas sarcásticas já não eram mais engraçadas. Ele não ajudou em nada quando assaltou Fulano na saída do trabalho. Levou dinheiro, cartões de crédito, documentos. Fulano então deve de cobrar o dinheiro que Ciclano lhe devia. Foi até o bar, onde sabia que Ciclano estaria bebendo, conversou com o amigo, com constrangimento, que disse que faria o possível para resolver a pendenga o quanto antes.

No outro dia prenderam Beltrano, mas já era tarde, ele avia sacado todo o dinheiro de Fulano, pobre viciado em crack! Ao menos recuperou os documentos. Mais tarde seu telefone toca e é Ciclano. Os dois se encontram e Ciclano mostra que tem o dinheiro, paga Fulano que pensa "Fulano => Ciclano => Beltrano", espanca Ciclano que vai para sua casa chorando, machucado, sem alguns dentes, deita no sofá e lembra que nem mais televisão tem para se distrair.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Uma Verdadeira História de Amor

Em meados dos anos 40, numa vila do interior de Restinga Seca, chamada Vila Rosa e que não existia nada de saneamento básico, escola, carros e muito menos energia elétrica, minha avó(Anália) e meu avô(Adolpho) se conheceram.

Sempre foram vizinhos de cerca, mas nunca se falavam. Anália era amiga da irmã de Adolpho, Luíza, o que os fez se conhecerem, com quase nada de comunicação.
O ponto de encontros dos jovens da época eram os bailes dos centros comunitários que todas as vilas tinham, como minha avó me confessou:

- Teu avô demorou uns 3 bailes para me tirar pra dançar, quando eu ia na casa dele mal me dava "olá", sempre foi carrancudo e orgulhoso.

- Ta vó, mas e quando vocês se beijaram a primeira vez? - apressado.

- Argh! Naquela época não era essa 'melaçon' que vocês fazem hoje em dia. Íamos pros bailes pra dançar, só dançar e era bem bom!

- Ta vó, mas o vô chegou em ti em algum momento, se não eu num tava aqui, certo? Perguntava eu megaemocionado.

- Depois de algumas danças nos bailes o teu vô começou a conversar mais comigo, e um dia ele apareceu lá em casa e perguntou ao meu pai se podia namorar comigo.

- Como assim? - disse espantado - Ele não te pediu em namoro?!

- Naquela época as coisas eram diferentes, teu avô sabia que eu ficaria com ele. Tu não dava bola pra todo mundo, tu escolhia UMA pessoa e era 'praquela' pessoa que tu dedicava atenção, era daquela pessoa que tu recebia essa atenção de volta.

Anália e Adolpho namoraram 4 anos no sofá de casa e minha avó casou virgem(acreditem, eu boto a minha mão no fogo)! Casaram, tiveram 2 filhas, são padrinhos de, pelo menos, umas 20 pessoas, abriram um açougue, cultivaram as terras da família e ajudaram a criar os netos(um deles sou eu, tu já entendeu, certo?).
Por ironia do destino, em 2002, Adolpho faleceu depois de sobreviver a 3 derrames, osteoporose e câncer de próstata. Minha vó cuidou dele enquanto agonizava (mesmo) com a doença. Quando meu avô morreu o que mais escutava dela, e ainda escuto, é que agora estava sozinha. Demorou um tempo, mas entendi que por mais atenção que eu, minha irmã, tia, mãe e outros déssemos, ela nunca mais deixaria de se sentir assim. Eles foram casados por 49 anos, ironia ou não, um ano antes de completarem suas bodas de ouro. Nada de cinematográfico, tudo de realidade.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Um Por Dia

Lá vai o seu amigo com aquela bela garota! E você com a sua namorada. No outro dia ele chega e fala "comi a noite toda! Papai mamãe, 69, de 4, de lado, de pé". Você sem poder fazer nenhum comentário nojento já que sua namorada está do lado e pensando como seus amigos são nojentos. Seu amigo continua com um comentário "Imagino os seguranças da boate olhando o cara saindo todo dia com uma guria diferente". Você achando aquilo super engraçado olha a sua namorada com uma cara de poucos amigos no canto do quarto.
Acabada a conversa você vai até sua namorada, trepa com raiva, com força! Ela gosta, mas desconfia. Goza, se levanta, pega o seu cigarro e vai nu até a janela, ela vai tomar um banho. Acende o cigarro e olha pra fora, 12º andar, 14 horas de um domingo. Tanta gente arrumada, tanto ordem disfarçada, nada parecido com o caos e a promiscuidade da noite anterior.
Desde que começou a namorar tem ficado mais quieto nas festas, mas observador e lança o comentário para sua namorada "imagina o que os seguranças não pensam dos guris saindo toda noite com uma guria diferente da boate". Ela da risada e responde "devem achar que eles são os maiores trouxas do mundo". Surpreso ele pergunta ", por que?". Ela faz um ar(aquele que mulher faz afim de no fazer entender como somos primitivos) e conclui "porque eles não se tocam que essas garotas também saem com um por dia da boate".

terça-feira, 3 de novembro de 2009

A Doce Ilusão

"A vida é uma só e a juventude acaba rápido" disse o garoto antes de entrar no bar, tomar todas, se lambuzar com os beijos daquela bela garota, trepar com ela a noite toda e fumar aquele baseado antes de dormir. Acordou, olhou para o lado, a garota não estava mais ali: "graças a Deus!" pensou ele. Mas a garota entrou no quarto logo em seguida com café, bolachas, bolo e um marlboro vermelho aceso preso a um cinzeiro. Ele comia enquanto ela o beijava inteiro, fazia carinhos e massagem.
O garoto se apaixonou! Pegou telefone, msn, adicionou no orkut. Quis intensamente vê-la de novo, a "garota namorável" que o tratou tão bem! Foi numa festa só porque sabia que ela estaria lá, e lá estava ela pegando aquele cara que ele odiava. Isso o fez descobrir que ela não tratava apenas ele daquela maneira.
Tempos depois ele passou por cima do seu orgulho e transou com ela mais algumas vezes, mas nunca mais sentiu o que sentiu da primeira vez.

"A vida é uma só e a juventude acaba rápido" disse a garota antes de entrar no bar, tomar todas, pegar o primeiro que viu pela frente, trepar com ele no banheiro, no final da noite achar algum ex-namorado que a traiu no passado, deixar ele a levar pra casa, trepar com ele a noite toda. Acordou e ele não estava mais ali e ele não entrou pela porta e nem telefonou, aliás, nem deixou um bilhete, deixou sim foi porta aberta, já que não tinha chave.
Se sentindo a pior das vadias ela levantou, foi até a cozinha e preparou um café, o pão já estava no fim e não tinha queijo, mesmo assim ela colocou uma salada verde, um tomate, pior não iria ficar. Vai até o seu computador e tem um recado do garoto que ela pegou na noite anterior se desculpando por ir embora mais cedo, já que sua mãe estava sozinha em casa. "Não é dos mais feios" pensou ela que pouco lembrava do garoto.
Hoje já completam 5 anos de namoro e ele nunca descobriu o que ela fez no resto da noite, mas odeia o seu ex namorado.

O mundo é realmente injusto. rs

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A Piada do Dia

Hoje de manha acordei às 8:45 AM com uma mensagem que chegou no meu celular e com a voz da mãe conversando com a vó na cozinha. Aproveitei, já que é raro acordar tão cedo, e chamei mamãe para colocar em dia algumas pendências de outrora. Ela então, aproveitou para me convidar a tomar café com ela.

- Então filho, como anda a faculdade? Ta estudando? Aliás, tu não tem prova hoje?
- Então... mãe... quer ouvir a piada do dia? - falei eu com um sorriso no rosto, meio envergonhado.

E mamãe me olhou como se eu tivesse aprontado, e muito!

- Vinícius Grings, o que tu me aprontou dessa vez?
- Nada não mãe, escuta só - disse já vermelho de vergonha - Alguns dias atrás eu estava trovando uma guria e tal, sabe como é!
- hmm, sei!

(garanto que nessa hora ela pensou que eu iria ser papai)

- Então, convidei ela pra sair e ela aceitou, só que no fim acabou não podendo ir, tudo bem. Ela ainda disse que ia me convidar para passear com o cachorrinho dela para se redimir. E eu fiquei esperando... 1... 2... 3... 4 dias e nada! Enquanto eu falava na webcam com ela eu pensava "vou pedir pra ver o cachorrinho dela, vai que ela esqueceu", mas não, não queria parecer insistente. Mas ontem a noite eu mandei uma mensagem pra ela "Então, meu bem, será que seu cachorrinho não está entediado de tanto ficar em casa?" e fui dormir esperando que ela se lembrasse e me respondesse "ééé mesmo! Vamos hoje então?". Bom, hoje acordei às 8:45 AM com uma mensagem que chegou no meu celular e com a voz da mãe conversando com a vó na cozinha. A mensagem dizia "sim, meu cachorrinho adora caminhar! Pena que ele está lá em São Fulano das Grota*".

Moral da história? Auto-ironia não é crime. Mamãe deu tanta risada que se engasgou com seu iogurte com granola e esqueceu de me incomodar para estudar para prova de hoje.


*imagino ser sua cidade de origem.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Carente Narrativa I

Então, estou carente. Sei lá, sempre, apesar do meu vasto currículo, estive envolvido por alguém ou com alguém. Isso definitivamente não tem acontecido mais. Acabo me prendendo a expectativas das quais não quero nem me lembrar. Me envolvendo com gente sem analisar a procedência só pela afectividade de um abraço mais íntimo.

Ok, agora, chegando de melação, por que homem ama transar de manha e mulher a noite? Esse foi um sério problema que enfrentei em TODOS os meus relacionamentos. Sei lá por que cargas d'água nós, homens, acordamos com o pique sexual tão elevado e se não bastasse isso, a mulher não! Mulher transa a noite, quando estão belas e nós cansados e no meu caso geralmente ligeiramente bêbado(bah mãe, desculpa! Sei que tu lê o meu blog, mas se eu ficar me prendendo por tua causa a inspiração vai embora. Juro que quando eu for procurar emprego eu deleto esse post). Sempre tem que existir alguma coisa que complique nossa vida tão bela, a primeira delas é o fato de estarmos sempre insatisfeitos com tudo, eu não fujo a regra.

Falando nisso, acho impressionante como eu e meus amigos adaptamos bem a nossa vida. A gente não tem carro, não tem grana, só nos fudemos na faculdade, mas mesmo assim sempre achamos um jeito para cumprir nossa dose diária de diversão. Nessa lista se inclui conhaque e p.e.s., vodka e p.e.s., cerveja e p.e.s., sinuca, ma, padel(atual vício), futebol, macondo, co, DCE, p.e.s., junções, ballare(agora), nha, mirante, açude na UFSM, pescarias, churrasco de fim de tarde(com carne que a gente acha no freezer de casa mesmo), chinelagens em geral. Ou seja, qualquer coisa de nos tire do foco de alguma coisa que preste para a construção de um futuro digno. Graças a 'deus' que a gente tem sorte e um dia alguém vai ganhar na loteria. Ufa!

Meu protesto de hoje vai para minhas colegas(quem lê meu blog sabe que eu não gosto delas). Então, que desânimo que eu sinto em ir pra aula nos últimos tempos, jesus! Acho impressionante como eu absorvo energia aonde eu vou. Se o clima ta bom eu sou fogos de artifício(que gay), se ta ruim eu sou 6 e meia. Entro naquela sala e já não é mais a mesma coisa. Ao menos vou rodar em algumas cadeiras e me livrar delas, ainda bem!

Ok pessoal, por hoje é só. "Carente Narrativa" será uma série que durará para sempre aqui no blog. beijos ;*

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Procura-se Namorada

Me desculpem às feias, mas beleza é imprescindivel. Vinícius de Moraes já falava isso a muito tempo, e realmente essa é a primeira coisa que eu vejo numa mulher. Com o mínimo de hipocrisia, como me é de costume. Não da para olhar uma garota e dizer "nossa, como você é inteligente!", então alguma coisa tem que nos chamar a atenção antes.
Ok, rosto.
De preferência parecida com a Christina Ricci(eu gosto!), Chalize Theron(incontestável) ou hm...deixa eu pensar alguém que eu ache muito bonita, ah sim! não vale rir, Lindsay Lohan(Qualé! Agora é beleza e não talento). Gosto das coradas, mas tenho uma queda especial pela cara pálida, branca mesmo, albina! Bochechas rosadas, algumas sardinhas não caiam mal, nada surrada, sem marcas de espinhas ou manchas. Olhos puxados(japoneses, não chineses!) me confundem um pouco, talvez seja fetish, mas paro e penso e realmente são os que mais gosto. A cor não precisa ser azul ou verde, mas de preferência clara(um castanho claro puxado pro cinza seria perfeito). Nariz pequeno, principalmente se os olhos forem puxados, com uma pontinha empinada e que fique vermelho no frio. A boca é a parte do rosto que mais me intriga, sei lá, gosto das carnudas e das pequenas também, mas acho que ainda fico com às de médio até grande, pelo menos que dê para se passar um baton vermelho moulin rouge e seja notado. Cabelos ruivos são meus preferidos, em cor, mas acho linda qualquer cor e cabelo bem tratado. De preferência liso, curto e muito cheiroso.De uma maneira geral eu quero um rosto tímido, sensível, secreto.
Corpo.
Começando pela barriga, tem que ser magra, mas não muuuuito magra. Nada de barriguinhas pra dizer que tem que ter onde pegar(nah, nah), tem que ser uma barriga dura, mas que dê para morder. Os seios é tamanho M, nada muito grande, que caiba na mão e que não tenha mamilos muito grandes e escuros(mamilos rosados com bicos pequenos). Mãos e pés lisos, sem calos, sem cheiro, que te façam carinho e pareça que um lençol de seda passa por ti. Bunda e coxas médias ou pequenas, de preferência para bunda pequena, sem pelos, dócil, lisa também, claro. A bunda é uma das partes que eu menos olho, juro!, mas cuido.
Gosto de garotas baixinhas, isso é uma coisa que dificilmente mudaria(agora não tem aquela coisa, se for alta tudo bem). Tem que ser baixinha, no máximo 170 cm, com uma margem de erro minúscula. Baixinhas, fáceis de carregar, boas de apertar, essas coisas.

Passado a parte mas superficial da coisa vou falar como a minha futura namorada deve ser em personalidade de muitas maneiras.
Em primeiro lugar, gostar de mim e gostar muito! Quero me sentir amado quando estiver e quando não estiver com perto, me sentir seguro e com isso transmitir segurança também. Quero ciúmes, mas não quero proibição, quero que aceite meu passado negro primeiro e depois literalmente esqueça-o. Que tenha alguma ocupação, mas que tenha ao menos um turno pra me ver e que tenha liberdade e disposição para sair comigo quando bem entendermos. Quero que seja inteligente e que, se for mais que eu, não queira provar isso. Quero que fume, mas se não fumar, que me reprove e não reclame. Quero que goste de Música, livros e de filmes, não precisa ser os mesmos que os meus, pois adoro discutir o assunto. Quero que me dê conselhos e quero que aceite os meus. Que conheça os meus amigos e não fique criticando eles por quererem ficar comigo. Quero que seja metida, engraçada, risonha, que seja criança às vezes, mas não infantil. Quero liberdade na cama, mas principalmente quero surpresas, fantasias, que goste de experimentar e não se sinta mal por isso, não tenha medo disso. Que more perto, que durma comigo, que coma comigo, que jogue video game, que me veja jogar futebol, que estude comigo. Quero atração, desejo, carinho, quero sentir que realmente essa coisa de amor existe e que tu realmente pode dar amor, respeito e carinho verdadeiro à alguém. Poder dizer "eu te amo" como eu falo pra minha mãe ou pra minha vó, ver comédia romântica quarta à noite, chegar em casa depois de um dia cheio e ganhar um abraço, ganhar compreensão. Basicamente era assim que eu queria.

Ps.: Favor não ser imaginária.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Momentos, Amantes e Amigos

Sonetos e poesias que escrevi para pessoas marcaram, em algum vago ou importante momento, essa minha hipócrita e feliz vida.

Poesia a Fran II

Vamos a fazer novo depoimento
Como nunca sou bom nisso
Empilhando palavras faço misto
E deixar interessante o momento

Fran, menina que por vezes oscila
Prodigalizar tamanha eloquência
Ou então retrair-se em sonolência
A faz não admitir que vacila

Mas todas essas minhas bodianices
Podem, quem sabe, dizer algo a ela
Sua pele apetecível, ictiol de amarela
Me leva a tamanhas sandices!

Então aviso que de fidalgo tenho nada
Nem carro, muito menos dinheiro
Mas te digo que é um tiro certeiro
Se por mim decidir ser amada.
(2007)

Minha Classe

Minha classe é tão linda
Bem desorganizada
Escritas de forma errada
E paixões não correspondidas

Rabiscos a caneta
Rabiscos a lápis
Desenhos de Marte
E imagens do capeta

Ah minha classe
Não tem classe alguma
Não anda, nem flutua

Observa quem passe
Pra servir de quadro
Ao pintor que a possua.
(2006)

Poesia à Laura

Como Laura nasceu no planeta terra?
Laurácida se tornou em personalidade
Mas vou dizer, agora, toda verdade
È parte de mim. Eu parte dela? quem dera!

Será que alguém ainda lembra da mórbida?
Aquela guria ranzinza e metaleira irrevogável
Dizer que seu momento mais estável
Veio junto com uma criatura sórdida

A Jana deve ta pensando que não falo dela
O Felippe também deve estar pensando isso
E na falta de inspiração falo chouriço
E embaixo escrevo cadela

E agora eu há levo pro mau caminho
Se ela não estivesse aqui, que tédio!
Talvez eu seria médico
Mas não receberia tanto carinho.
(2005)

Soneto a Carla I

Figurava-me entre imagens e sons em grande Velocidade
Cortes sofisticados de beleza que cruzavam na minha frente
Tão forte que de repente alguma coisa se destacou
E não parecia verdade aquela franjinha tão linda e contente

Não pode me conter em ir conferir de qual a procedência
Mas que falta de paciência essa minha, peço que entenda
Afinal não poderia perder essa oportunidade proferida
A minha frente perdida veio comigo sem consciência

E como feliz eu fiquei naquela noite, e queria que se estendesse
E que idiota seria eu se perdesse uma oportunidade igual aquela
Uma cinderela morena dançando comigo como se me pertencesse

E por menos perguntas que ela me responda de forma bela
Que pare o mundo para entender além de palavras
Pois na hora que faltou assunto a beijei um beijo profundo.
(2009)

Soneto a Thaís Virgem

Como posso eu em 15 minutos
Fazer uma poesia a tua altura
Isso é um total absurdo
Frente a tua formosura

Mas eu vou colocando as linhas
Como se elas se aproximassem
E por maiores sejam os dias
Não haverá poesia a sua margem

Aproveito o duplo sentido
Já que sou seu amigo
Fazendo uma poesia crua

Que quando eu ti fizer uma
Que te represente por inteiro
Talvez eu seja o primeiro.
(2006)

Soneto do Gozo Proibido

Atravessando a rua, atrás da porta
Tão jovem a acender minha libido
Um abstrato de imagens tortas
ela surge como um fruto proibido

E de como pornôs e sacanas
Eu sou e meus sentimentos ficam
Eu não sou nada sem meu afinco
Mas sim um sentimento que se engana

Mas se proibido é mais gostoso
Divertido será sem despojo
De arredores similares aos meus

São arredores todos seus
E como melhor será o meu dia
Que sentir em mim o teu gozo.
(2005)

Soneto ao Felippe

Estava eu pensando bixo, Mais um ano
Separando brigas, pano de chão, virando lixo
E tu acredita que meu coração soprano
Ainda lembra de todos os tragos, meu amigo

Ele lembra das bandas na universidade
Lembra dos acampamentos no quintal
Ainda iremos repetir com vinho de verdade!
Só não lembra das dívidas que me faz mal

Dos filmes com fumaça escorrendo pela janela
Dos Stones, Pink Floyd, da camisa dos Beatles
Da bela cabeleira que se foi com o tempo

Dos Macondos, DCE's, junções, escadas e esquinas
Das meninas, dos amores, das paixões e desilusões
E aqui ainda estamos amigo, que alegria!
(2006)

Colegas de Cursinho

Páginas abertas, cadeiras estofadas
Boa estrutura, colegas bonitas, gostosas
Algumas falantes, outras silenciosas
Tu podes até escolher entre santas e safadas

Entre a que fala respirando ao pé do ouvido
A que te olha de canto, envergonhada
A que te provoca com uma piscada
A que de tão atirada te deixa inibido

E tem aquela que senta lá na frente
Estuda, estuda, estuda e mais nada
Se escondendo atrás de uma patente

Faz tudo certo e só eu vejo coisa errada
Já que na poluição da minha mente
Só consigo imaginá-la pelada.
(2008)

domingo, 4 de outubro de 2009

Semana Acadêmica

Soneto à Palestra
.
Onde estive entre palestras intermináveis?
Tua imagem em minha mente aparece
Bate firme, e a paciência apodrece
Em meus perjuras se tornam sensíveis
.
O tempo que não passa, tamanhas bodianices
O meu tédio, nesses gráficos, cresce
Meu corpo duro, amolece
Tua imagem em minha mente? sandices
.
Como a faculdade me cria dúvidas, todavia
Que me lembra a boemia que me acompanhava
Toda a promiscuidade que me atraía
.
Todos os sonetos podres que escrevia
Que felizes eram os dias, o futuro apanhava!
E a consciência do amanha, como era bom, eu perdia.
.
.
.
Soneto Prelas
.
Maldita falta de 'jogo de cintura'
Ao cinismo me falta manejo
Que faz com que eu perca desejo
Desmotiva, mas a integridade perdura
.
Eterna classificação, que vida dura!
Criticando meu feliz festejo
Recuo! O comando 'prelas' deixo
E o futuro que quero madura
.
Dizem que eu deveria ter cuidado com gírias
Descuidam elas de suas gorduras
Preocupam-se fazendo de amigas
.
Quanta politicagem, tamanha frescura
Deviam preocupar-se com suas barrigas
E comer mais verdura.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Polanski de Volta aos Apuros

Depoimento de Samantha Jane Geimer, que acusou o cineasta/gênio Polanski(O Bebê de Rosimary, O Pianista, Oliver Twist e etc...), de estupro em 1977. Ele se declarou culpado e depois fugiu dos EUA, pra onde não voltou nem para receber o Oscar por 'O Pianista'.

P. Samantha, quantos anos você tem?
R. 13.
P. Você mora com sua mãe e irmã em Woodland Hills?
R. É.
P. Por favor responda sim ou não.
R. Sim.
P. Em 13 de fevereiro de 1977, você encontrou Roman Polanski na residência dele?
R. Sim.
P. O sr. Polanski indicou que queria fotografá-la?
R. Sim. Ele me mostrou a Vogue que ele tinha feito e me perguntou se eu queria ser fotografada.
P. Você já tinha o encontrado na residência dele antes?
R. Sim.
P. O que você fez?
R. Eu tirei a minha camisa.
P. Você falou para a sua mãe que vocês tiraram fotografias de topless?
R. Não.
P. Na casa de Jack Nicholson, em algum momento, o sr. Polanski ofereceu bebidas?
R. Sim, eu disse que estava com sede. Fomos para a cozinha e abrimos a geladeira, tinha suco, cocas, vinho. Ele pegou uma garrafa de champanhe. E perguntou se deveria abrir. Eu disse que tudo bem.
P. O que aconteceu depois que ele abriu?
R. Ele encheu as taças.
P. Você bebeu?
R. Sim.
P. Quanto?
R. Não tenho ideia.
P. O sr. Polanski tirou fotos?
R. Sim.
P. Quando você estava com a taça na mão?
R. Não.
P. Você tirou a sua camisa ou foi o sr. Polanski?
R. Eu tirei.
P. Por que ele requisitou ou foi por vontade própria?
R. Porque ele pediu.
P. Você posou?
R. Sim.
P. Ele dirigiu as suas poses?
R. Sim.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele foi me mostrar a jacuzzi do Jack Nicholson.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele disse que queria tirar umas fotos minhas dentro.
P. A que horas você tirou a sua roupa?
R. Eu tirei pouco antes de entrar na jacuzzi.
P. Por que você tirou?
R. Porque eu não queria entrar na jacuzzi com ela.
P. O que aconteceu quando você entrou na jacuzzi?
R. Ele tirou fotos.
P. Em algum momento ele parou de tirar fotos?
R. Sim.
P. O que ele fez depois?
R. Disse que iria entrar nela.
P. Ele estava vestindo alguma coisa?
R. Não.
P. O que ele fez quando entrou?
R. Ele ficou na parte mais funda.
P. E você?
R. Fui para o outro lado.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele ficou me chamando. Eu dizia, não, quero sair. Ele dizia, vem cá só um segundo. Então eu fui. Então ele perguntou se eu não me sentia melhor. Então eu saí.
P. O que você fez depois?
R. Me enrolei numa toalha.
P. O que você fez quando ele disse para irem para o quarto?
R. Eu estava pensando que era melhor eu ir embora, porque eu estava com medo. Então, fui lá e me sentei no colchão.
P. Do que você tinha medo?
R. Dele.
P. Mesmo assim você foi lá e se sentou no colchão.
R. Sim.
P. O que aconteceu quando você se sentou?
R. Ele se sentou atrás de mim perguntou se estava tudo bem.
P. O que você respondeu?
R. Que não.
P. E o que ele disse?
R. Que eu ia ficar melhor. Mas eu disse que queria ir embora. Então ele me abraçou e me beijou. Eu dizia, não, fique longe. Mas eu tinha medo dele, porque só estávamos nós dois lá.
P. O que ele fez depois?
R. Ele colocou a boca na minha vagina. Ficou lambendo, e eu estava prestes a chorar, eu estava tipo, “não, pare”, mas eu estava com medo.
P. E o que ele dizia?
R. Não me lembro, ele dizia coisas, mas eu não escutava.
P. Quanto tempo ele ficou com a boca na sua vagina?
R. Poucos minutos.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele começou a me penetrar.
P. O que você quer dizer com “penetrar”?
R. Ele colocou o seu pênis na minha vagina.
P. O que você disse para ele?
R. Eu apenas murmurava “não, pare”, mas eu não estava lutando contra, porque não tinha para aonde ir.
P. O que ele disse?
R. Ele não me respondeu quando eu disse “não.” Depois, ele perguntou se eu estava fértil. Eu disse que sim. Ele perguntou se eu usava pílulas. Eu disse que não. Então ele me perguntou se queria que ele penetrasse por trás. Eu disse não.
P. Você já tinha se relacionado com outros homens, antes.
R. Sim, duas vezes. Então ele levantou as minhas pernas bem alto e penetrou no meu ânus.
P. O que você quer dizer com “penetrou no meu ânus”?
R. Ele colocou o seu pênis no meu...
P.Você disse alguma coisa pra ele?
R. Não.
P. Você resistiu?
R. Um pouco. Mas não muito.
P. Por quê?
R. Eu estava com medo. Então ele parou.
P. Você acha que ele atingiu o clímax?
R. Sim.
P. Quando você diz isso, é porque acredita que ele chegou ao clímax no seu ânus?
R. Sim. Seu sêmen saiu.
P. Você viu ou sentiu o sêmen?
R. Senti.

domingo, 13 de setembro de 2009

Pensamentos de Um Condenado

Não acredito que eu vim parar aqui.
Anos de estudo, 1º aluno da faculdade, tanta dificuldade para terminar o mestrado, a chance de fazer um doutorado no exterior e eu fui terminar preso.
Podia ter levado uma vida mais que tranquila, ter uma linda mulher e inteligente, filhos saudáveis que eu poderia dar-lhes uma excelente educação e sentir orgulho disso, mas eu tinha que fazer aquelas falcatruas.
Meu primeiro dia após ter sido condenado, hoje eu me misturo com todo o resto do pessoal, assassinos, assaltantes, não tem mais nada de cela especial pro doutor aqui.
O escândalo no qual eu me envolvi apareceu na TV, eles devem ter raiva de mim, ao menos o presídio é de segurança máxima, hã "segurança máxima", afinal, estou no Brasil. Bom, vamos lá.
Que pátio fétido, o que eu fiz da minha vida?
O que esses caras fizeram da vida deles?
Me olhando como se fossem me intimidar, bom, eles estão me intimidando, aqui é a lei do mais forte, somos todos iguais, fomos todo trazidos para o mesmo lugar e considerados seres igualmente perigosos, começo a achar isso justo.
Eu nasci numa família de classe média, tive todo um aparato por trás, tive estudo ao alcance de um lápis e mesmo assim hoje eu estou junto de caras que mal sabem escrever o próprio nome. E eu vejo que não sou ninguém pra julgar também, essas coisas já nascem contigo.
Se eu tivesse nascido numa favela a primeira coisa que eu ia querer fazer era roubar dos 'preibói', essa sociedade excluiu os caras, eles tem mesmo é que lutar contra.
Também acho que se tem que manter a ordem, então, os dois estão certos. Parece que viveremos eternamente em guerra.
Os miseráveis lutando por espaço e o sistema tentando estabelecer a ordem, me lembra muito a luta entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento...
Enfim, agora eu continuo preso e a única diferença que eu vejo 'praquele' negão é aonde nós nascemos.

sábado, 12 de setembro de 2009

Pensamentos de Um Galinha

Lá estava eu naquela festa, com aquela linda garota(a 12ª é verdade, mas que bela garota!), desfrutando daquela ótima cerveja gelada e escutando meu santo Raul.
- Que 'deus' o tenha.
- Quê?!
- Nada não, meu bem.
Mas vamos falar da garota:
olhos verdes, loira, magrinha com peito, bunda, tudo do tamanho certo. Sou um cara muito sortudo mesmo, 'deus' foi generoso e eu não tenho nada do que reclamar dessa noite.
Já passaram por mim a Luana, a Rosana, a Ciclana, a Beltrana...
Nossa! E eu ainda consegui acabar a noite com essa beldade! Sorte que ela não me viu com as outras(ou viu e se fez de desentendida só pra não se sentir culpada em ficar comigo, safada!)
Olha isso, ela ta me abraçando com vontade, com carinho. Me beija, enche a minha bola, fala que eu sou legal, bonito, charmoso, tenho bom papo.
- Certo que eu vo come!
- Quê?
- Nada não, meu bem.
Certo, vou embebedar ela pra ter certeza de que nada vai dar errado. Ah, droga! Ela não bebe...E agora? Ah claro! Vou bajular.
- mimimi.
- hmm
Vou ali comprar mais uma cerveja.
- Vou ali comprar mais uma cerveja.
- Ta, olha só! Meu amigo vai me levar embora de carro, ae... então... eu to indo.
- Quê?!
Respira, respira!
- Ata, sem problemas, depois a gente se fala pelo msn.
- Ta bom então, beijo.
Cara, ela me deu um beijo no rosto! Só porque tava na frente do amigo! Vaca, vadia, puta do caralho! Fiquei sozinho com a minha cerveja agora.
Meu amigo pegou a mina chata, mas, pelo menos, ta comendo.
Vou dar uma volta, eu e meu copo de cerveja, falando nisso, to bêbado pra caralho!
Hmm, que amorzinho ali no canto, magrinha, que amor aqueles peitinhos, faixinha verde na cabeça, hmm.
- Olá meu bem, mimimi?
Bah! Peguei a garota!!!(a 13ª da noite) Realmente é uma noite abençoada - Não tinha talco, mamãe passou açucar em mim - Essa ainda bebe - bom sinal - já está até meio bêbada.
- Certo que vo come!
- Quê?!
- Nada não, meu bem!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Espírito Livre

Friedrich Nietzsche escreveu isso a muito tempo...

"O sancta simplicitasEm que simplificação ou falsificação singulares vive o homem! O espanto não tem fim se por uma vez apenas voltamos os olhos para essa coisa espantosa! Como tornamos tudo a nossa volta claro e livre e fácil e simples! Como soubemos dar aos nossos sentidos um passe livre para tudo que é superficial, e ao nosso pensamento uma divina ânsia por levianos saltos e conclusões falsas! - como soubemos, desde o início, conservar nossa ignorância a fim de gozar uma liberdade, uma irreflexão, uma imprudência, um destemor, uma jovialidade da vida dificilmente compreensíveis, a fim de gozar a vida! E somente sobre essa base agora firme e granítica de ignorância é que até aqui se pôde edificar a ciência, a vontade de saber sobre a base de uma vontade muito mais forte, a vontade de ignorar, de incerteza, de inverdade! Não como o seu oposto, mas - como seu refinamento! Ainda que a linguagem, aqui como em outros assuntos, não posa deixar da sua grosseria e continue a falar de oposições onde há apenas graus e variada subtileza de níveis; ainda que também a estranha tartufice da moral, que agora pertence aos nossos insuperáveis "carne e sangue"², distorça a nós próprios, sabedores, as palavras na boca: vez por outra nos damos conta, e disso rimos, de como justamente ainda a melhor maneira nesse mundo simplificado, completamente artificial, inventado, falsificado, de como, de maneira involuntária-submissa, ela ama o erro, pois ela, a vivente - ama a vida!" ...da para acreditar?
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1. "Ó santa simplicidade!" Frase proferida, diz-se, pelo sacerdote tcheco, mártir e percursor da Reforma protestante Jan Hus(1349-1415) ao ver uma velhinha colocar um galho na fogueira onde ele ardia.
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2. Figuradamente, "hábitos estranhados".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Trova

A trova(dito gauchesco para o flerte) sempre foi algo que me instigou pesquisa e observação. Gosto muito de admirar meus amigos e amigas quando estão destilando sua sensualidade para alguém, se aprende muito com isso. Observo também as trovas de pessoas que não conheço em lugares que eu pouco frequento como aniversário de 15, festa em casa de amigos, enfim, lugares onde meu ciclo social não se estende e o que se vê são coisas bizarras. O ser humano é um bixo muito engraçado mesmo, mas isso daria outro texto.
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Quando penso em trovas impossíveis de dar certo sempre me vem a cabeça o filme "Uma Mente Brilhante" filme do (quase sempre) brilhante Ron Howard. Quando o personagem do Russell Crowe fala para o seu conjugue o quanto é ruim na arte de 'azarar' alguém, ela então, muito interessada, pede para ele tentar com ela(safada), logo ele larga a pérola "podemos cortar toda essa burocracia para chegar aonde todo nós(humanos) queremos chegar, o sexo.". Sério. Alguém acha que isso, em condições normais, pode dar certo? Ok, eu modifique um pouco, não lembro bem. Pois então, eu digo que sim!
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Coisa que eu compreendi nessas minhas andanças, observações e experiências próprias(principalmente) é que tudo da certo e tudo da errado. As pessoas tem o seu espírito do momento(o homem tem crise existencial, a mulher tem TPM) e isso varia muito, fora o fato de todos sermos diferentes em algum aspecto emocional, e não adianta vir menininha querer dizer que ela e a melhor miguxa são iguais.
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Existem muitas trovas certas para cada pessoa e todo e qualquer indivíduo pode conquistar outro, tudo depende da maneira como se 'chega'. Pode demorar um olhar, um dia, um ano, 10 anos, mas eu te digo meu amigo 'teixerinha': tu pode! Seja num trago ou numa melhor ascensão social tu pode conseguir aquele alguém, só que até se descobrir o caminho ou ter inteligência para decifra-lo é outra história. Então decifre esse código. continua...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Minha Bola de Neve

Minha Bola de Neve
O que constrói uma personalidade? O que faz de nós todo esse esbanjamento de amor próprio? O que nos faz defender nossas ideias frente a do outro? O que nos faz querer ser um islâmico? Um católico? um judeu? Me pergunto se eu(como minha forma e mente iguais) tivesse nascido na Palestina ou na Arábia ou até no México, EUA. O que os acontecimentos que, provavelmente, eu viveria iriam influenciar na minha forma de agir e pensar? Sempre costumo dizer que idade é tabu. Idade não é a quantidade de anos que tu já viveu e sim as experiências que tu vive. Começo a contra defender isso.
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Não existe moral nenhuma nas experiências que nós vivemos se não pensarmos de uma maneira geral(sabe, o mundo inteiro). Eu não sou o que eu sou ou o que eu quero ser, eu sou aquilo que o meu mundo fez de mim. Desde criança fui doutrinado pelo meu habitat a ser assim e qualquer pessoa que estivesse no meu lugar teria grande chance de ser assim. Se eu tivesse nascido na favela no Rio de Janeiro, provavelmente, estaria indo agora para um 'baile funk' com um fusiu na cintura e achando a coisa mais linda do mundo, seria a minha contra cultura. E por que eu falo isso? Por que essa é a minha essência, é a de duvidar, de contestar. Um 'favelado' não teve acesso ao conteúdo que eu tive, então ele faz a sua própria contra cultura e isso é lindo!
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Lembrei disso porque quando eu tinha 14 anos gostei muito de uma garota! Fazia tudo por ela e pra ver ela, passava o dia inteiro pensando nela, ligava, ia visitar, era um pé no saco, na verdade(só hoje eu vejo isso). E ela se mudou sem me avisar(sim, sim, fugiu de mim -.-'). Nossa! Eu fiquei mega arrasado, entrei em coma alcoólico, me sentia feio e hostilizado(quem me conhece vai lembrar que eu tinha boca torta, cabelo do Batoré e me vestia muito mal). Isso criou em mim uma barreira muito forte no que se referia a gostar de alguém de novo, desencadeou anos de revolta adolescente. Mas e se eu não tivesse vivido isso? Se nunca tivesse conhecido aquela menina? Como eu seria hoje?
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Difícil analisar a minha vida a base das minhas experiências, posso dizer que não foram poucas e que muitas virão(muitas até eu nem vou lembrar), mas posso dizer que eu sou elas, todas juntas como se fossem uma bola de neve e antes que o aquecimento global destrua-a eu quero ir alimentando-a para que fique tão grande que não caia no esquecimento.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Desabafo

Estou realmente triste hoje. Estranho falar isso já que eu tenho um show pela frente, mas estou. Meus amigos não se habilitam a pagar 5 reais pra ir lá me ver tocar! E olha que eu sempre faço de tudo pra comparecer nos momentos que eles consideram importante, pois acaba sendo importante pra mim também. Vejo que não é recíproco.
É um saco ter que ficar de 'mimimi' pra cá, 'mimimi' pra lá, convidando(e insistindo) para aqueles que eu considero que estarão do meu lado nos momentos mais difíceis, mas logo num momento de alegria ficam se fazendo por causa de 5 reiais ou porque não gostam do lugar, mas que "falcatruagem".
Eu não toco por dinheiro, eu toco por diversão! Por mim todo mundo entrava de graça, mas num da.
Não sei se acordei de TPM, mas estou magoado. Me desculpem aqueles amigos que eu sei que estarão lá e que me dão apoio e quanto aos outros, não se preocupem, eu vou estar lá quando vocês precisarem.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Adeus, Ressaca Moral!

Hoje, segunda-feira, acordei com uma estranha sensação. Ontem terminei com um ciclo de 18 dias festivos ininterruptos, e pelo que eu me lembre(tenho memória progressiva), bati meu próprio recorde e, antes disso acontecer, me lembro de num final de ciclo de 2 ou 3 dias me bater aquela tristeza do "hoje não há o que fazer", mas a tamanha continuidade de diversão constante nessas 3 semanas tem criado em mim uma espécie de blindagem emocional contra a chamada 'ressaca moral'.
18 dias! Meu fígado novo, tão bem cuidado por mamãe e tão maltratado por mim. Seria impossível descrever tudo que eu vi e tudo que eu passei nesses 18 dias em um simples texto. Mas a noite tem essas coisas de nos fazer imaginar que a nossa vida muda depois de acontecimentos tão bizarros. Perde-se garotas, ganha-se amigos, ganha-se garotas, perde-se amigos. Sexo, drogas, música, bebida, incesto, banda nova, banda velha, traição, fidelidade, fortalecimento de laços em meio a tanta promiscuidade vivida intensamente. E da pra imaginar isso como algo repetitivo?
Eu não gosto de parecer tão retórico e nem de deixar meus textos tão subjectivos, mas a gurizada ta levando muito a sério essa coisa de rock'n roll. Parece que ta tudo liberado, ninguém mais tem pudor para fazer as coisas. E pra ti ver como o ser humano é engraçado, o certo não seria achar isso a coisa mais genial do mundo? Isso que me intriga e me faz repensar toda essa revolução cultural e moral que eu tenho acompanhado, essa de que tudo é bonito, legal é tu não precisa se importar com porra nenhuma e vamos nos pela e se querer!
Antigamente nós éramos minoria, essa era a graça! Tu tinha que fazer essas coisas escondido e MUITO BEM ESCONDIDO! ou então se sofreriam consequências drásticas, hoje não! Tu tem uma facilidade em apresentar esse vício que é a vida bohemia e ninguém te contesta mais. Basta jogar a pessoa num bolo de gente com álcool e teu trabalho está pronto: mais uma pessoa fazendo as merdas que tu tanto tinha orgulho de fazer, e como vamos nos sentir mal por exagerar nas coisas que fazemos agora? Adeus, ressaca moral!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A Noite

As 6 e meia o sol vai se pondo e meus velhos já estão jantando
Algumas crianças brincam na rua e o amante deixa na cama a mulher nua
Algum marido deve estar chegando em casa, toda cheirosa e bem arrumada
Ele com um sorriso no rosto, a mulher com uma cara amarrada

Adolescente falando ao telefone achando que já é um homem
Olha bater 8 horas no relógio, compartilhando todo o seu tédio
Observar todos brincando, eles não estão errando
Usando as drogas certas agora, enquanto todos foram embora

Não há mais revoltas, desobediências, não se quer saber se tem coerência
Dos fatos, do poder da origem pois ele ainda é virgem
Também não quer mais saber quem é plebeu, quem esta no poder
O pai multiplicou riquezas e a mãe conservou a beleza

Todos juntos por conveniência, que se foda, já me sobra toda a paciência
Vou esquecer de tudo agora e olha a paisagem lá fora
E ainda me falam que é fútil falar de amor
E na seqüência que uma noite de sexo era muito mais útil

Ah! Tanto faz
Quando tudo recomeça do meio
A noite traz
Resquícios de paz, resquícios de incêndio

São 9 horas e o vento ai fora sopra para todo mundo
Sopra veneno, sopra distúrbio, sopra vaidade, que grande verdade!
Dez, onze horas já passa da meia noite, meu bem
Você continua sem ir embora(que saco), eu continuo com a minha miséria

Bom, se vamos entrar na madrugada, vamos manter a chama acesa
Vamos ficar sozinhos, acordados e continuar presos ao passado
Você não vê tudo a sua frente, eu entendo, está tudo embaixo do tapete
Mas quem sabe falta só vontade, falta deixar o ego pela metade

Na madrugada eu me vejo dentro de você, do seu lado
Olhando aquele rosto pálido, dormindo profundamente
Me pergunto o que você está sonhando, o sorriso no seu rosto
Os primeiros raios cruzam a janela, meu sonho é deposto.