terça-feira, 29 de setembro de 2009

Polanski de Volta aos Apuros

Depoimento de Samantha Jane Geimer, que acusou o cineasta/gênio Polanski(O Bebê de Rosimary, O Pianista, Oliver Twist e etc...), de estupro em 1977. Ele se declarou culpado e depois fugiu dos EUA, pra onde não voltou nem para receber o Oscar por 'O Pianista'.

P. Samantha, quantos anos você tem?
R. 13.
P. Você mora com sua mãe e irmã em Woodland Hills?
R. É.
P. Por favor responda sim ou não.
R. Sim.
P. Em 13 de fevereiro de 1977, você encontrou Roman Polanski na residência dele?
R. Sim.
P. O sr. Polanski indicou que queria fotografá-la?
R. Sim. Ele me mostrou a Vogue que ele tinha feito e me perguntou se eu queria ser fotografada.
P. Você já tinha o encontrado na residência dele antes?
R. Sim.
P. O que você fez?
R. Eu tirei a minha camisa.
P. Você falou para a sua mãe que vocês tiraram fotografias de topless?
R. Não.
P. Na casa de Jack Nicholson, em algum momento, o sr. Polanski ofereceu bebidas?
R. Sim, eu disse que estava com sede. Fomos para a cozinha e abrimos a geladeira, tinha suco, cocas, vinho. Ele pegou uma garrafa de champanhe. E perguntou se deveria abrir. Eu disse que tudo bem.
P. O que aconteceu depois que ele abriu?
R. Ele encheu as taças.
P. Você bebeu?
R. Sim.
P. Quanto?
R. Não tenho ideia.
P. O sr. Polanski tirou fotos?
R. Sim.
P. Quando você estava com a taça na mão?
R. Não.
P. Você tirou a sua camisa ou foi o sr. Polanski?
R. Eu tirei.
P. Por que ele requisitou ou foi por vontade própria?
R. Porque ele pediu.
P. Você posou?
R. Sim.
P. Ele dirigiu as suas poses?
R. Sim.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele foi me mostrar a jacuzzi do Jack Nicholson.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele disse que queria tirar umas fotos minhas dentro.
P. A que horas você tirou a sua roupa?
R. Eu tirei pouco antes de entrar na jacuzzi.
P. Por que você tirou?
R. Porque eu não queria entrar na jacuzzi com ela.
P. O que aconteceu quando você entrou na jacuzzi?
R. Ele tirou fotos.
P. Em algum momento ele parou de tirar fotos?
R. Sim.
P. O que ele fez depois?
R. Disse que iria entrar nela.
P. Ele estava vestindo alguma coisa?
R. Não.
P. O que ele fez quando entrou?
R. Ele ficou na parte mais funda.
P. E você?
R. Fui para o outro lado.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele ficou me chamando. Eu dizia, não, quero sair. Ele dizia, vem cá só um segundo. Então eu fui. Então ele perguntou se eu não me sentia melhor. Então eu saí.
P. O que você fez depois?
R. Me enrolei numa toalha.
P. O que você fez quando ele disse para irem para o quarto?
R. Eu estava pensando que era melhor eu ir embora, porque eu estava com medo. Então, fui lá e me sentei no colchão.
P. Do que você tinha medo?
R. Dele.
P. Mesmo assim você foi lá e se sentou no colchão.
R. Sim.
P. O que aconteceu quando você se sentou?
R. Ele se sentou atrás de mim perguntou se estava tudo bem.
P. O que você respondeu?
R. Que não.
P. E o que ele disse?
R. Que eu ia ficar melhor. Mas eu disse que queria ir embora. Então ele me abraçou e me beijou. Eu dizia, não, fique longe. Mas eu tinha medo dele, porque só estávamos nós dois lá.
P. O que ele fez depois?
R. Ele colocou a boca na minha vagina. Ficou lambendo, e eu estava prestes a chorar, eu estava tipo, “não, pare”, mas eu estava com medo.
P. E o que ele dizia?
R. Não me lembro, ele dizia coisas, mas eu não escutava.
P. Quanto tempo ele ficou com a boca na sua vagina?
R. Poucos minutos.
P. O que aconteceu depois?
R. Ele começou a me penetrar.
P. O que você quer dizer com “penetrar”?
R. Ele colocou o seu pênis na minha vagina.
P. O que você disse para ele?
R. Eu apenas murmurava “não, pare”, mas eu não estava lutando contra, porque não tinha para aonde ir.
P. O que ele disse?
R. Ele não me respondeu quando eu disse “não.” Depois, ele perguntou se eu estava fértil. Eu disse que sim. Ele perguntou se eu usava pílulas. Eu disse que não. Então ele me perguntou se queria que ele penetrasse por trás. Eu disse não.
P. Você já tinha se relacionado com outros homens, antes.
R. Sim, duas vezes. Então ele levantou as minhas pernas bem alto e penetrou no meu ânus.
P. O que você quer dizer com “penetrou no meu ânus”?
R. Ele colocou o seu pênis no meu...
P.Você disse alguma coisa pra ele?
R. Não.
P. Você resistiu?
R. Um pouco. Mas não muito.
P. Por quê?
R. Eu estava com medo. Então ele parou.
P. Você acha que ele atingiu o clímax?
R. Sim.
P. Quando você diz isso, é porque acredita que ele chegou ao clímax no seu ânus?
R. Sim. Seu sêmen saiu.
P. Você viu ou sentiu o sêmen?
R. Senti.

domingo, 13 de setembro de 2009

Pensamentos de Um Condenado

Não acredito que eu vim parar aqui.
Anos de estudo, 1º aluno da faculdade, tanta dificuldade para terminar o mestrado, a chance de fazer um doutorado no exterior e eu fui terminar preso.
Podia ter levado uma vida mais que tranquila, ter uma linda mulher e inteligente, filhos saudáveis que eu poderia dar-lhes uma excelente educação e sentir orgulho disso, mas eu tinha que fazer aquelas falcatruas.
Meu primeiro dia após ter sido condenado, hoje eu me misturo com todo o resto do pessoal, assassinos, assaltantes, não tem mais nada de cela especial pro doutor aqui.
O escândalo no qual eu me envolvi apareceu na TV, eles devem ter raiva de mim, ao menos o presídio é de segurança máxima, hã "segurança máxima", afinal, estou no Brasil. Bom, vamos lá.
Que pátio fétido, o que eu fiz da minha vida?
O que esses caras fizeram da vida deles?
Me olhando como se fossem me intimidar, bom, eles estão me intimidando, aqui é a lei do mais forte, somos todos iguais, fomos todo trazidos para o mesmo lugar e considerados seres igualmente perigosos, começo a achar isso justo.
Eu nasci numa família de classe média, tive todo um aparato por trás, tive estudo ao alcance de um lápis e mesmo assim hoje eu estou junto de caras que mal sabem escrever o próprio nome. E eu vejo que não sou ninguém pra julgar também, essas coisas já nascem contigo.
Se eu tivesse nascido numa favela a primeira coisa que eu ia querer fazer era roubar dos 'preibói', essa sociedade excluiu os caras, eles tem mesmo é que lutar contra.
Também acho que se tem que manter a ordem, então, os dois estão certos. Parece que viveremos eternamente em guerra.
Os miseráveis lutando por espaço e o sistema tentando estabelecer a ordem, me lembra muito a luta entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento...
Enfim, agora eu continuo preso e a única diferença que eu vejo 'praquele' negão é aonde nós nascemos.

sábado, 12 de setembro de 2009

Pensamentos de Um Galinha

Lá estava eu naquela festa, com aquela linda garota(a 12ª é verdade, mas que bela garota!), desfrutando daquela ótima cerveja gelada e escutando meu santo Raul.
- Que 'deus' o tenha.
- Quê?!
- Nada não, meu bem.
Mas vamos falar da garota:
olhos verdes, loira, magrinha com peito, bunda, tudo do tamanho certo. Sou um cara muito sortudo mesmo, 'deus' foi generoso e eu não tenho nada do que reclamar dessa noite.
Já passaram por mim a Luana, a Rosana, a Ciclana, a Beltrana...
Nossa! E eu ainda consegui acabar a noite com essa beldade! Sorte que ela não me viu com as outras(ou viu e se fez de desentendida só pra não se sentir culpada em ficar comigo, safada!)
Olha isso, ela ta me abraçando com vontade, com carinho. Me beija, enche a minha bola, fala que eu sou legal, bonito, charmoso, tenho bom papo.
- Certo que eu vo come!
- Quê?
- Nada não, meu bem.
Certo, vou embebedar ela pra ter certeza de que nada vai dar errado. Ah, droga! Ela não bebe...E agora? Ah claro! Vou bajular.
- mimimi.
- hmm
Vou ali comprar mais uma cerveja.
- Vou ali comprar mais uma cerveja.
- Ta, olha só! Meu amigo vai me levar embora de carro, ae... então... eu to indo.
- Quê?!
Respira, respira!
- Ata, sem problemas, depois a gente se fala pelo msn.
- Ta bom então, beijo.
Cara, ela me deu um beijo no rosto! Só porque tava na frente do amigo! Vaca, vadia, puta do caralho! Fiquei sozinho com a minha cerveja agora.
Meu amigo pegou a mina chata, mas, pelo menos, ta comendo.
Vou dar uma volta, eu e meu copo de cerveja, falando nisso, to bêbado pra caralho!
Hmm, que amorzinho ali no canto, magrinha, que amor aqueles peitinhos, faixinha verde na cabeça, hmm.
- Olá meu bem, mimimi?
Bah! Peguei a garota!!!(a 13ª da noite) Realmente é uma noite abençoada - Não tinha talco, mamãe passou açucar em mim - Essa ainda bebe - bom sinal - já está até meio bêbada.
- Certo que vo come!
- Quê?!
- Nada não, meu bem!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Espírito Livre

Friedrich Nietzsche escreveu isso a muito tempo...

"O sancta simplicitasEm que simplificação ou falsificação singulares vive o homem! O espanto não tem fim se por uma vez apenas voltamos os olhos para essa coisa espantosa! Como tornamos tudo a nossa volta claro e livre e fácil e simples! Como soubemos dar aos nossos sentidos um passe livre para tudo que é superficial, e ao nosso pensamento uma divina ânsia por levianos saltos e conclusões falsas! - como soubemos, desde o início, conservar nossa ignorância a fim de gozar uma liberdade, uma irreflexão, uma imprudência, um destemor, uma jovialidade da vida dificilmente compreensíveis, a fim de gozar a vida! E somente sobre essa base agora firme e granítica de ignorância é que até aqui se pôde edificar a ciência, a vontade de saber sobre a base de uma vontade muito mais forte, a vontade de ignorar, de incerteza, de inverdade! Não como o seu oposto, mas - como seu refinamento! Ainda que a linguagem, aqui como em outros assuntos, não posa deixar da sua grosseria e continue a falar de oposições onde há apenas graus e variada subtileza de níveis; ainda que também a estranha tartufice da moral, que agora pertence aos nossos insuperáveis "carne e sangue"², distorça a nós próprios, sabedores, as palavras na boca: vez por outra nos damos conta, e disso rimos, de como justamente ainda a melhor maneira nesse mundo simplificado, completamente artificial, inventado, falsificado, de como, de maneira involuntária-submissa, ela ama o erro, pois ela, a vivente - ama a vida!" ...da para acreditar?
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1. "Ó santa simplicidade!" Frase proferida, diz-se, pelo sacerdote tcheco, mártir e percursor da Reforma protestante Jan Hus(1349-1415) ao ver uma velhinha colocar um galho na fogueira onde ele ardia.
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2. Figuradamente, "hábitos estranhados".

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A Trova

A trova(dito gauchesco para o flerte) sempre foi algo que me instigou pesquisa e observação. Gosto muito de admirar meus amigos e amigas quando estão destilando sua sensualidade para alguém, se aprende muito com isso. Observo também as trovas de pessoas que não conheço em lugares que eu pouco frequento como aniversário de 15, festa em casa de amigos, enfim, lugares onde meu ciclo social não se estende e o que se vê são coisas bizarras. O ser humano é um bixo muito engraçado mesmo, mas isso daria outro texto.
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Quando penso em trovas impossíveis de dar certo sempre me vem a cabeça o filme "Uma Mente Brilhante" filme do (quase sempre) brilhante Ron Howard. Quando o personagem do Russell Crowe fala para o seu conjugue o quanto é ruim na arte de 'azarar' alguém, ela então, muito interessada, pede para ele tentar com ela(safada), logo ele larga a pérola "podemos cortar toda essa burocracia para chegar aonde todo nós(humanos) queremos chegar, o sexo.". Sério. Alguém acha que isso, em condições normais, pode dar certo? Ok, eu modifique um pouco, não lembro bem. Pois então, eu digo que sim!
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Coisa que eu compreendi nessas minhas andanças, observações e experiências próprias(principalmente) é que tudo da certo e tudo da errado. As pessoas tem o seu espírito do momento(o homem tem crise existencial, a mulher tem TPM) e isso varia muito, fora o fato de todos sermos diferentes em algum aspecto emocional, e não adianta vir menininha querer dizer que ela e a melhor miguxa são iguais.
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Existem muitas trovas certas para cada pessoa e todo e qualquer indivíduo pode conquistar outro, tudo depende da maneira como se 'chega'. Pode demorar um olhar, um dia, um ano, 10 anos, mas eu te digo meu amigo 'teixerinha': tu pode! Seja num trago ou numa melhor ascensão social tu pode conseguir aquele alguém, só que até se descobrir o caminho ou ter inteligência para decifra-lo é outra história. Então decifre esse código. continua...