terça-feira, 3 de agosto de 2010

João Clandestino

João, João é fácil, João não precisa pensar, João nem é o importante, importante é o que João viveu, o que ele vive e o que ele viverá. Importante em João é o que ele come, o que ele bebe, o que ele fuma. Não, pelo amor do senhor, João não está numa crise existencial, tão pouco está perdido e, mesmo que estivesse, não seria essa história dele que eu contaria para vocês. João está querendo acabar com a clandestinidade.

João traçou o alvo, juntou os materiais, só lhe faltava um objetivo. Virgindade? Maconha? Honestidade? Aparência? No que João desperdiçaria o seu tempo em busca de vencer a hipocrisia que ali é investido?...(Essa é a hora em que me pergunto se o meu texto está sendo chato e se alguém realmente acredita que ele faça sentido no final, bom, foda-se.)...

Comeu a menina virgem e tentou explicar para ela que isso não era importante. Ela o abandonou.

Fumou um baseado na frente da sua mãe. Foi internado.

Disse a sua real interpretação do que achava disso. Foi para a ala dos viciados em crack.

Tentou mostrar a todos que eles não precisavam estar ali. Foi morto.

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