Lá estava João no frenesi, no desvario, na excitação arrebatadora, no entusiasmo delirante, na impertinência e na importunidade e solidão de sua masturbação. Virava os olhos para trás estimulando seu órgão genital com tamanha força ao parecer de arracá-lo naquela prática não-penetrativa. Ahhh, a vitória, o prazer, a culpa! Vira a cabeça pro lado inclinando-se no travesseiro sem entender porque ela não estava ali com ele, o que ocorrera de errado? Pois João, mais uma vez, não é o personagem principal dessa história.
Luana, ao mesmo tempo que João se masturbava, estava no quarto de um cara que ela havia conhecido a pouco mais de 3 horas. Transavam no campo da fecundidade, ele beijava aqueles lindos seios, tão brancos que se podia ver as artérias, com furor e tesão de um virgem. Ela em cima dele gemia de uma maneira tão violenta que seu pensamento voava e por vezes fazia o garoto duvidar de sua competência. Os corpos tremem, ele ejacula, ela contrai a sua musculatura genital, as pernas dele froxam, as dela apertam, o pensamento dele cessa, o dela transcende, foi o clímax do prazer sexual. Luana caiu para o lado e João veio na sua mente e o porque dele terminar com ela.
João conheceu Luana numa festa. Andando sozinho em meio a multidão esbarrou naquela ruiva de parar quarteirão. Ela usava um vestido de couro preto, com uma meia calça vermelha e um decote gigantesco! Ele, já extremamente alto, viu sua atividade cerebral chegar a 0%. Algumas horas depois estavam no banheiro da boate respirando a respiração do outro, mais algumas horas e estavam na casa de João e 2 dias depois ainda não aviam separado seus corpos. Havia algo diferente ali, algo que João jamais tinha experimentado, talvez parecido, mas nunca igual. Aquela menina mexia com algo dentro dele que não era amor, mas era algo tão forte quanto qualquer sentimento que ele sentiu antes.
Luana conheceu João numa festa. Observava-o já à algum tempo, só que o pasmado não olhava para ela. Quando o viu andando sozinho não pensou duas vezes, atravessou seu caminho causando um confronto. Ele estava visivelmente alterado pelo álcool, mas era lindo, o que fazia ela ascender o sorriso mais brilhante da festa, deixando a boca vulnerável para que ele pudesse exitar, e ele o fez. Algum tempo depois, quando ela piscou os olhos, estavam no banheiro do lugar, todo desajeitado como se ela fosse um copo d'água e ele um camelo. Transaram, ele gozou, ela não. Foi para a casa de João ao fim da festa. João tratava ela com um carinho que ela jamais tinha recebido de um cara que acabara de conhecer antes, ela se sentia a vontade e segura de uma maneira que poderia ficar ali abraçada com ele para sempre.