Eu sofro por amor. Não por ter um amor que me faz sofrer ou por não ter um amor e me sentir sozinho. Sofro pelo amor que vaga dentro de mim, que procura atenção em cada gesto que uma pessoa que admiro. Sofro por não ter um amor pulsante dentro de mim, nem por coisa, nem por pessoa. Ah, eu sofro. Tenho essa mania de delirar pensamentos que nada mais fazem além que me deixar inseguro, incrédulo, inóspito e muitas outras negações de interioridade sensitiva.
Sofro por amor quando não sou correspondido e quando não correspondo. A ideia de que alguém se sentirá rejeitado me dói tanto quando alguém me nega atenção e carinho. Essa vontade de ver todo mundo se amando, sorrindo, feliz que muitas vezes me transforma num babaca, falante e carente. Por outro lado, me transforma em um ser humano cruel, capaz de proteger o sorriso alheio a qualquer custo.
Sofro porque vejo na minha volta muito amor igual. O da mulher plástico com o homem dólar, do cachaceiro com a prostituta, do artista com a groupie e... bom... enfim..., sempre que eu falo de amor, paro no meio.
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