sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Desabafo do Eu Comum

Hoje me aconteceu algo que a muito não acontecia. Sinto-me depressivo. Eu sei, pode parecer arrogante e pretensioso do tipo "uuuh, ele sempre está feliz", mas é assim que geralmente me sinto. Feliz, na grande maioria do tempo. Desculpa "Deus".

Não sou rico, não sou dos mais bonitos, não sou forte e nem dos mais inteligentes. Não vou salvar a vida de ninguém, nem criar grandes invenções, tão pouco terei super poderes(sonho muito com isso). Na grande verdade ainda não descobri o que faço bem, certamente não é escrever. Gosto de me expressar, de ter teorias próprias sobre a vida. Essas, geralmente formuladas na hora, sem muito raciocínio, mas que pra mim formam um sentido "muito lógico" que não entendo "Como ninguém se deu conta disso?". É foda.

Sei que me dei conta que não escrevo nada a uns 2 anos. Como gostava de escrever. E essa depressão repentina me fez pensar: "Por que eu parei de escrever?!" Algo que me dava tanto prazer e orgulho. Lamentavelmente entendi que parei de escrever porque o que escrevia não me dava mais orgulho. Não renego minha "obra"(?), mas mudei bastante.

Se eu fosse o Chico Buarque, poderia (com pompa) dizer: "Óh, então, tornei-me exigente demais para com o que escrevo, o que me faz produzir menos". Mas não sou ele, por mais que nem tente. E nem produzi menos, simplesmente parei de produzir! E não foi só escrever, eu costumava criar músicas, letras, melodias, escrever roteiros de filmes, peças de teatro, livros e até novelas. Desculpa.

Parece que virei adulto com emprego, parei de sonhar e descobri que não tenho um grande talento (esses dias descobri que o Messi é retardado mental). Sou um cara comum, esforçado e é assim que vai ser, para o resto da vida. Não é tão ruim, mas é pouco pra quem na adolescência pensou que seria grande e destacado.

ps1.: "Deus" é um ser imaginário criado pelo homem para suprir as suas diversas carências, controlar e dominar o próximo e deprimir quem está feliz. Todos devem saber.

ps2.: Ainda posso ser convidado a participar do Big Brother Brasil.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Regressão

Você sabe, alguma coisa mudou negativamente em mim. Temos sempre a ilusão de que estamos evoluindo a todo momento, isso acontece por consequência da nostalgia de olhar pra trás e compreender os erros que nos marcaram. Esse inocência tola de fé e sonolência abrupta de sobriedade referente ao que vivemos hoje já não me conforta mais. Quero analisar o que regredi desde o meu nascimento.

Queria estar em Nova Iorque agora, foi só um ideia que me passou pela cabeça observando uma camiseta que tenho. Uma ideia tola. Em Nova Iorque tomando vinho, qualquer vinho, não sei nomes de vinhos caros, mas poderia ser qualquer um. Em Nova Iorque em um hotel tomando vinho, fumando cigarros, pensando na minha regressão como ser humano. Ficaria muito bêbado e sairia pela rua sem conhecer nada e me perdendo em um pouco de conhecido desconhecido. Isso faria com que eu me aproximasse de mim mesmo e faria com que me sentisse completamente só.

O que não entendo é que não posso fazer isso agora, por falta de dinheiro e de intelectualidade também, é preciso ser especial para querer estar em Nova Iorque sendo que ainda é preciso passar por muitas etapas. Faz-me lembrar uma vontade ébria de voltar no tempo e refazer tantas atitudes equivocadas. Sou realmente covarde por querer voltar no tempo com toda a experiência e tempo perdido que tenho na bagagem.

Agora sinto-me melhor, sereno. Me sinto gênio! Sou um gênio! Um filho-da-puta de um gênio! Grande bosta!

sábado, 19 de novembro de 2011

Comentários e Composição

Nunca consegui escrever no escuro, criar um clima noir com personagens cínicos e antipáticos. Ligo a luz, raramente acendo um cigarro ou coloco uma música clássica ao fundo. Meu processo de criação é simples: alguém entra em contato comigo, me conta alguma mentira ou supervaloriza alguma história, nem sempre na primeira pessoa, as vezes vem junto com o famoso "alguém me falou". Pronto, criada aí a primeira linha da minha postagem, agora basta juntar toda a vivência que eu tive com a pessoa.

É aqui no blog que, de alguma maneira, eu transporto toda a minha frustração e descrença com o que eu vivo, vejo, ouço, leio. É tanta coisa! Vou até contar essa última historinha que me contaram.


X.: Tenho que falar uma coisa contigo.

@gr1ngs.: diga.

X.: Onde tu estava ontem de noite?

@gr1ngs.: Na minha casa vendo Cavaleiros do Zodíaco e estudando.

X.: Não tá em Santa Maria?

@gr1ngs.: não.

X.: Me falaram que você estava aqui ficando com um homem ontem e que andou falando mal de mim.

@gr1ngs.: Bom, eu estou em Frederico Westphalen, 350 quilômetros distância, passei a noite no meu quarto estudando para a semana desgastante de provas, trabalhos e artigos que eu tenho pela frente, provavelmente não era eu.

X.: E por quê vieram me falar isso?


Bom, aqui entramos num ponto interessante da conversa, a hora que o "mensageiro" começa a entender que pode não ter sido bem assim como contaram para ele. Criamos então "o vilão da história". Gosto de vilões, gosto de imaginar pessoas muito bem articuladas tentando me ferir ou querendo ferir um outro alguém. Meus vilões geralmente são mulheres, por motivos óbvios, o que já gerou muita discussão por aqui. Mas continuemos a historinha.


@gr1ngs.: Não sei, mas já me acostumei, não me abala mais.

X.: Você fica com homem?

@gr1ngs.: Não.

X.: Vai mentir?

@gr1ngs.: Se falam isso é porque tenho muitos amigos homossexuais e trato eles sem medo. Cumprimento com abraço, beijo no rosto, falo que estava com saudade na frente de quem for. Sou bem seguro da minha heterossexualidade, não preciso de uma fama de macho pra me sentir como tal.

X.: Fiquei muito mal quando soube, tudo que eu queria era esmagar a tua cabeça.


Nessa parte penso que somente somente eu não dou a mínima importância quando se trata de fofoca, esse tipo de fofoca. Tirando alguém que não se possa ter segredos(pelo motivo banal que seja), quem vem te contar uma coisa dessas não pode querer o seu bem, quer contar vantagem, naquela máxima que está encardida numa sociedade competitiva de que você precisa destruir o outro para chegar ao topo, quando seria muito mais fácil se ajudarem. Não que alguém falar que ser homossexual venha a ser uma ofensa, parte da intensão que o delator tinha quando profanou algo sobre alguém.
Bom, agora eu supervalorizo mais ainda e vamos montar a estória...

"
Comentários

BOOM! Foi o que João ouviu do seu quarto enquanto tentava dormir, levantou-se de pressa, pôs a bermuda e correu para a sala. Quando abriu a porta já sentiu o vento gelado da rua, o que fez a sua pele arrepiar. Maria, sua namorada, vinha na sua direção com sangue nos olhos, ele tenta um "olá" meio despretensioso, mas ela lhe devolve um olhar de ódio, passa por ele batida, abre sua mala jogando suas roupas dentro da mesma com muita raiva.

Sem entender nada, mas ainda calmo, João pergunta o que estava acontecendo, porque daquela atitude tão repentina. Maria então para, olha seriamente para ele e solta a famosa frase "Eu sei de tudo". Vamos combinar que ninguém é 100% inocente, na cabeça de João logo veio o dia que ele mentiu pra ir no futebol, no bar com os amigos, que ele fumou, o dia que derrubou cerveja no sofá dela e escondeu com uma roupa que ela gostava. Mas nada disso seria motivo pra ela ficar daquele jeito, nem no mais alto de uma TPM. Lembrou do dia que flertou com a vizinha, com a caixa do supermercado, das belas bundas que observou na passagem, das moças que davam encima dele nas festas quando Maria não via e claro, das conversas machistas sobre mulheres com os amigos enquanto ela não estava por perto. Mas João, mesmo raciocinando tudo isso, soltou a resposta óbvia "tudo o que?".

As próximas duas horas foram de muita conversa, Maria explicando os comentário que ouvira, João contando os fatos. Tudo certo, depois de muito choro fizeram as pazes e dormiram juntos, numa noite de amor puro. Mesmo assim, no outro dia, por via das dúvidas, Maria traiu João. "

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Amor Pelo Meio

Eu sofro por amor. Não por ter um amor que me faz sofrer ou por não ter um amor e me sentir sozinho. Sofro pelo amor que vaga dentro de mim, que procura atenção em cada gesto que uma pessoa que admiro. Sofro por não ter um amor pulsante dentro de mim, nem por coisa, nem por pessoa. Ah, eu sofro. Tenho essa mania de delirar pensamentos que nada mais fazem além que me deixar inseguro, incrédulo, inóspito e muitas outras negações de interioridade sensitiva.

Sofro por amor quando não sou correspondido e quando não correspondo. A ideia de que alguém se sentirá rejeitado me dói tanto quando alguém me nega atenção e carinho. Essa vontade de ver todo mundo se amando, sorrindo, feliz que muitas vezes me transforma num babaca, falante e carente. Por outro lado, me transforma em um ser humano cruel, capaz de proteger o sorriso alheio a qualquer custo.

Sofro porque vejo na minha volta muito amor igual. O da mulher plástico com o homem dólar, do cachaceiro com a prostituta, do artista com a groupie e... bom... enfim..., sempre que eu falo de amor, paro no meio.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Aquele Bombom...

Comprei um bombom pra ela. Sempre gostei das coisas mais naturais e simples como as roupas velhas que ela usava caminhando pela casa, as suas olheiras das noites mal dormidas em função dos extensos trabalhos da faculdade, o canto da boca suja de comida, o beijo de esquimó tomando sorvete ou o cabelo despenteado de manhã cedo. Gostava do carinho sutil que fazia nas suas costas que a deixava arrepiada, do beijo, do sexo e dos passeios falando sobre os problemas da vida.

Estava no mercado fazendo as compras do mês, fui levá-la de manhã cedo até o ponto de ônibus e aproveitei que estava no caminho. Não deveria fazer compras tão feliz, a mesma saiu cara naquele dia. Mesmo assim quando a menina do caixa me perguntou se queria mais alguma coisa e olhei pro lado aquele bombom chamou minha atenção.

Cheguei em casa, requeijão, queijo, empanado, saladas e outros frios na geladeira. Pão, massas, bolachas e outras coisas no armário. Entro no meu quarto e coloco o bombom cuidadosamente em cima da cômoda do lado da minha cama, esperando ver um sorriso quando alguém avistá-lo. Esperando... Esperando... Esperando...

Esperei 36 horas olhando aquele bombom na cômoda. Nas primeiras 12 horas, olhar pra ele me deixava feliz, 24 horas me deixava com água na boca e no fim já me dava raiva. O mundo lá fora já gritava pra mim, fico confuso, quase estúpido.

Saio, chego no bar, vejo amigos, bebo, ligo e sinto uma certa frieza. Beijo outra menina, uma linda menina e pronto, ela sumiu dos meus pensamentos pelo resto da noite. Acordo, olho para o lado e o cabelo não é o cabelo dela, o cheiro não é o cheiro dela, o contornos nas costas não são mais os mesmos. Vira pra mim, me da um beijo com gosto de chocolate e com a visão ainda meio embaçada consigo enxergar o papel do bombom amassado em cima da cômoda.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Vadia e a Ironia: Parte II

X diz:
grings! meudels ASDHI9SIGFIDFH! Passei uma vergonha domingo. Me passa a Y(menina de má fama aqui na cidade) num carro e grita, oi X e abana. Aff, ainda bem que quase ninguém viu, puta merda.

@gr1ngs diz:
por que? Tu acha que é tão diferente dela?

X diz:
sou diferente sim, bem diferente!

@gr1ngs diz:
por que?

X diz:
porque só ultimamente q andei chutando o balde, ultimamente não, porque agora quase não transo. Eu me sinto mal por isso, a fase q foi cabulosa e intensa, mas no geral eu transo bem menos.

@gr1ngs diz:
então ultimamente tu não era diferente dela?

X diz:
só ultimamente eu me parecia, agora tudo voltou ao normal.

@gr1ngs diz:
então... porque a vergonha quando ela te cumprimentou? Não acha que tu tá julgando ela e não tá julgando a si mesma?

X diz:
mas eu julgo a mim mesma e não faço mais tantas coisas como fazia.

@gr1ngs diz:
tu lembra que faz uma semana que a gente conversou e tu me disse que tava transando com caras demais? uma semana!

X diz:
sim, mas eu parei a uma semana, transei com um cara nesse meio tempo e cortei contatos com várias pessoas.

@gr1ngs diz:
Por que?

X diz:
porque quero parar de transar

@gr1ngs diz:
parar?!

X diz:
parar de transar com essas pessoas, quero transar com dois caras no máximo, mas isso nem vai acontecer.

(...)

@gr1ngs diz:
mas e voltando a Y, tu tava julgando ela.

X diz:
de certa forma sim, é um erro na verdade.

@gr1ngs diz:
acho que criamos "A Vadia e a Ironia: Parte II". É uma pena que as pessoas comentam comigo no msn e não no blog, queria ver a tua reação com os comentários.

X diz:
sei oq devem comentar

@gr1ngs diz:
o que?

X diz:
devem achar que sou uma vadia

@gr1ngs diz:
tu sabe que esse não era o foco dos comentários, embora tenham surgido coisas como "ninfomaníaca burra" em função das tuas contradições. Mais era com o fato de tu sofrer por querer transar muito, com muitos caras e se deixar influenciar por uma conduta moral padrão.

X diz:
Eu imagino, muitas pessoas me chamam de ninfomaníaca. Já pensei na possibilidade, mas não me encaixo. As ninfomaníacas sofrem, transam e querem mais, mais, mais e depois se sentem horríveis não importando quem seja o cara, nem nada. Eu não, eu só me sinto mal se transo com muitos caras, não me sinto mal por transar. Elas pensam o dia inteiro nisso e isso atrapalha vida profissional delas e tudo, definitivamente eu não me encaixo.

Tenho percebido q sinto menos falta disso do que imaginava. Quando tenho coisas importantes e to bem não sinto tanta falta.

@gr1ngs diz:
então era mais uma carência?

X diz:
Acredito que falta de coisa melhor pra pensar e fica pensando só em sexo. ASDFGHIFUHGHIDUFHIDFH. E carência também, agora to bem sabe, to bem feliz e não sinto falta.

domingo, 9 de outubro de 2011

Simplório sem Cortes de um Bêbado no Meio da Noite

Parada no sofá, me olha e me da um sorriso. Em meio a muitas pessoas dentro daquela festa cheia de luz, me sinto estranho, mas vou falar com ela. Está sozinha o que me faz não saber ao certo se está esperando alguém, se quer a minha companhia ou simplesmente sorriu porque eu sou bobo em ficar admirando alguém tão bonita. Decido parar de pensar, tomar uma atitude e ir em direção a garota. Rolling Stones, Dom Quixote e até Chuck Palahniuk! Mas aí chega um cara careca, só consigo achar ele muito feio, não mais bonito que eu, simplesmente não o bonito o suficiente pra ficar com ela, o que me faz sentir feio também ou simplesmente não o bonito suficiente pra ficar com ela.

Ok, me sinto apaixonado. Entendo, nós apenas conversamos e eu aqui como um completo idiota sentindo ciumes de alguém só porque temos os mesmos gostos... não, aconteceu alguma coisa que vai bem além dos nossos gostos culturais.

O cara me olha como quem quer retomar o posto tomado por mim no sofá, mas eu não levanto, como um cachorro querendo marcar território. Ela conversa apenas comigo, nem olha para o careca, mas ele não vai embora! Ele é seu namorado? Queria provocar ciumes? seu amigo ou simplesmente alguém que estava querendo a menina antes de eu avistar?

Sei que ele cansou de ficar por perto, graças a ela que conversava comigo sem nem olhar pra ele.

Convido pra fumar um cigarro na parte de fora da festa e antes do primeiro beijo ela me fala que tinha um relacionamento controverso com o careca. Foi a última coisa que conversamos antes de encostar os narizes, sentir o bafo, o nervosismo que embrulhava o estômago e o beijo. Eu estava apaixonado, me senti o mais feliz dos homens da terra nos primeiros 5 segundos até lembrar que nossa última conversa foi sobre o careca.

Era tão meiga, carinhosa e cheirosa! Mas a noite acabou e eu voltei aos primórdios da minha solidão, mas amanha é um novo dia e eu posso me apaixonar de novo, quem sabe pela mesma mulher.