Era uma vez um casal lindo que passeava em um bosque macabro e denso... e eles foram felizes pra sempre! Mas que vida chata deviam levar! Passam todo dia sorrindo, se amando e, mesmo enjoados de tanta felicidade, isso os deixavam felizes. Estavam condenados a felicidade. Já haviam tentado de tudo para que aquela felicidade infernal acabasse, mas bastava olhar um para o outro que...hunf... ela voltava.
Pegaram a sua carroça de moranga e foram até a fada madrinha pedir-lhe que desfizesse o encanto, queriam uma vida normal, pus a felicidade já não era mais felicidade. Os momentos singulares já não causavam euforia, era sempre a mesma coisa, tudo dava certo, logo não havia nada a se superar, nada a aprender com erros. Infelizmente ela disse aos dois que nada poderia ser feito e que eles permaneceriam assim para todo o sempre.
Elaboraram um plano então "vamos roubar um bando e ser fugitivos da lei". Acreditavam cegamente que seriam presos, que ilusão! Jamais alguém roubara um banco com tanta facilidade. E assim prosseguiram roubando bancos sem nunca levantarem suspeitas, muito menos serem pegos. Tentaram ir a polícia dizer que eram os culpados, mas quem acreditaria que um casal tão feliz faria tudo isso e colocaria em jogo tamanha felicidade?
Esses mesmos policiais que negaram a eles o direito de se separarem foram os que encontraram seus corpos suicidas. Aquele ''felizes para sempre'' durou pouco mais de 5 anos.
Agradecimento a Loise pela primeira frase a inspiração!
ResponderExcluirEsse ficou bem inusitado, curti. E de nada, baby!
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ResponderExcluirTexto com uma essência de Arthur Schopenhauer. Os protagonistas precisavam de obstáculos para alcançar a satisfação (ou pelo menos chegar perto), conforme os pensamentos de Schopenhauer.
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