Uma coçadinha embaixo do joelho e a perna inquieta mostrava tamanha ansiedade que não se poderia negar nem a uma criança. O vento que batia na porta e se fazia imaginar um sorriso ao abri-la, mas ainda só se via o corredor vazio. Barulho de carro e uma conferida na rua, todos os lados e somente a companhia dos cachorros. Volta, senta, olha a carteira de cigarros, lembra que cogitou a hipótese de parar de fumar, não quer deixar o cheiro de fumaça no ambiente. Levanta, dobra as roupas, coloca no armário, tenta se distrair, mas a sua atenção volta a mirar a porta. O relógio já marca 22:32. O que pode ter acontecido? Mania de pensar de quem sabe que tudo pode dar errado.
Chega, te olha, te da um beijo.
- Vou poder ficar pouco tempo.
- Por que?
Algum motivo que pouco importa sai e a pressa em tomar nos braços chega. O tempo passa tão rápido que não se vê e lá se foi embora.
Ficou você, a janta, o filme, o vinho e a frustração. Triste você olha para o relógio e ele marca 04:35.
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