quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Momentos, Amantes e Amigos

Sonetos e poesias que escrevi para pessoas marcaram, em algum vago ou importante momento, essa minha hipócrita e feliz vida.

Poesia a Fran II

Vamos a fazer novo depoimento
Como nunca sou bom nisso
Empilhando palavras faço misto
E deixar interessante o momento

Fran, menina que por vezes oscila
Prodigalizar tamanha eloquência
Ou então retrair-se em sonolência
A faz não admitir que vacila

Mas todas essas minhas bodianices
Podem, quem sabe, dizer algo a ela
Sua pele apetecível, ictiol de amarela
Me leva a tamanhas sandices!

Então aviso que de fidalgo tenho nada
Nem carro, muito menos dinheiro
Mas te digo que é um tiro certeiro
Se por mim decidir ser amada.
(2007)

Minha Classe

Minha classe é tão linda
Bem desorganizada
Escritas de forma errada
E paixões não correspondidas

Rabiscos a caneta
Rabiscos a lápis
Desenhos de Marte
E imagens do capeta

Ah minha classe
Não tem classe alguma
Não anda, nem flutua

Observa quem passe
Pra servir de quadro
Ao pintor que a possua.
(2006)

Poesia à Laura

Como Laura nasceu no planeta terra?
Laurácida se tornou em personalidade
Mas vou dizer, agora, toda verdade
È parte de mim. Eu parte dela? quem dera!

Será que alguém ainda lembra da mórbida?
Aquela guria ranzinza e metaleira irrevogável
Dizer que seu momento mais estável
Veio junto com uma criatura sórdida

A Jana deve ta pensando que não falo dela
O Felippe também deve estar pensando isso
E na falta de inspiração falo chouriço
E embaixo escrevo cadela

E agora eu há levo pro mau caminho
Se ela não estivesse aqui, que tédio!
Talvez eu seria médico
Mas não receberia tanto carinho.
(2005)

Soneto a Carla I

Figurava-me entre imagens e sons em grande Velocidade
Cortes sofisticados de beleza que cruzavam na minha frente
Tão forte que de repente alguma coisa se destacou
E não parecia verdade aquela franjinha tão linda e contente

Não pode me conter em ir conferir de qual a procedência
Mas que falta de paciência essa minha, peço que entenda
Afinal não poderia perder essa oportunidade proferida
A minha frente perdida veio comigo sem consciência

E como feliz eu fiquei naquela noite, e queria que se estendesse
E que idiota seria eu se perdesse uma oportunidade igual aquela
Uma cinderela morena dançando comigo como se me pertencesse

E por menos perguntas que ela me responda de forma bela
Que pare o mundo para entender além de palavras
Pois na hora que faltou assunto a beijei um beijo profundo.
(2009)

Soneto a Thaís Virgem

Como posso eu em 15 minutos
Fazer uma poesia a tua altura
Isso é um total absurdo
Frente a tua formosura

Mas eu vou colocando as linhas
Como se elas se aproximassem
E por maiores sejam os dias
Não haverá poesia a sua margem

Aproveito o duplo sentido
Já que sou seu amigo
Fazendo uma poesia crua

Que quando eu ti fizer uma
Que te represente por inteiro
Talvez eu seja o primeiro.
(2006)

Soneto do Gozo Proibido

Atravessando a rua, atrás da porta
Tão jovem a acender minha libido
Um abstrato de imagens tortas
ela surge como um fruto proibido

E de como pornôs e sacanas
Eu sou e meus sentimentos ficam
Eu não sou nada sem meu afinco
Mas sim um sentimento que se engana

Mas se proibido é mais gostoso
Divertido será sem despojo
De arredores similares aos meus

São arredores todos seus
E como melhor será o meu dia
Que sentir em mim o teu gozo.
(2005)

Soneto ao Felippe

Estava eu pensando bixo, Mais um ano
Separando brigas, pano de chão, virando lixo
E tu acredita que meu coração soprano
Ainda lembra de todos os tragos, meu amigo

Ele lembra das bandas na universidade
Lembra dos acampamentos no quintal
Ainda iremos repetir com vinho de verdade!
Só não lembra das dívidas que me faz mal

Dos filmes com fumaça escorrendo pela janela
Dos Stones, Pink Floyd, da camisa dos Beatles
Da bela cabeleira que se foi com o tempo

Dos Macondos, DCE's, junções, escadas e esquinas
Das meninas, dos amores, das paixões e desilusões
E aqui ainda estamos amigo, que alegria!
(2006)

Colegas de Cursinho

Páginas abertas, cadeiras estofadas
Boa estrutura, colegas bonitas, gostosas
Algumas falantes, outras silenciosas
Tu podes até escolher entre santas e safadas

Entre a que fala respirando ao pé do ouvido
A que te olha de canto, envergonhada
A que te provoca com uma piscada
A que de tão atirada te deixa inibido

E tem aquela que senta lá na frente
Estuda, estuda, estuda e mais nada
Se escondendo atrás de uma patente

Faz tudo certo e só eu vejo coisa errada
Já que na poluição da minha mente
Só consigo imaginá-la pelada.
(2008)

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